Uma viagem proveitosa

Uma viagem proveitosa

Neste fim de ano o Brasil foi palco de uma visita inédita. Pela primeira vez, um primeiro ministro de Israel visitou nosso país. Benjamin Netanyahu desembarcou em nossas terras e ficou por aqui durante 5 dias. Veio com sua mulher Sara e seu filho Yair.

Como sempre quando o assunto é Israel, a imprensa local fez uma cobertura intensa da visita. Bibi veio para a posse do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Nosso novo chefe eleito tem um apreço especial para com Israel e, além disso, compartilha a visão direitista do presidente de Israel. Esta mesma visão direitista, aliás, foi assumida por vários países no mundo e muitas nações estão elegendo líderes que espelham esta política, sendo Donald Trump o maior expoente desta tendência.

Netanyahu, antes de comparecer à posse, visitou o Rio de Janeiro e passou um Cabalat Shabat na Sinagoga Beit Yacov da Cidade Maravilhosa.

Também, aproveitou para fazer turismo na cidade, com um bom humor evidente. Entretanto, o foco de sua visita foi mesmo o estreitamento de relações com Jair Bolsonaro e, principalmente, com o Brasil.

Na história recente do país, nossa pátria assumiu uma postura contrária a Israel e seu discurso e suas votações na ONU, ou UNESCO refletiram este desacordo.

Nos governos do PT ficaram evidentes seu viés tendencioso contra Israel e sua linha de ação privilegiando acintosamente o povo palestino, sem ter um olhar mais informado do conflito no Oriente Médio.

O novo presidente eleito é contrário a esta visão e garantiu que as votações do Brasil no âmbito internacional serão a favor da pátria judaica.

Jair Bolsonaro recebeu também Bibi antes da posse para um diálogo tête à tête com o primeiro ministro israelense. Os dois líderes teceram elogios mútuos e se comprometeram com ações, algumas de difícil execução.

Como alardeado em sua campanha, Bolsonaro reiterou sua decisão de deslocar a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, mas esta determinação esbarra na objeção de quem tem interesses comerciais com os países árabes, porque eles podem interromper a compra de nossos produtos.

Mas, além deste compromisso, os dois presidentes criaram uma agenda de negócios na área de segurança e de tecnologia em que Israel tem uma longa e bem-sucedida expertise.

Netanyahu declarou assim: "Entendemos que a nossa cooperação mútua pode render enormes benefícios aos nossos povos na economia, na segurança, na agricultura, em recursos hídricos, indústria, em todos as esferas da atividade humana".

O presidente brasileiro, ao escolher Israel como seu parceiro, considerou também a importância de Israel para os evangélicos daqui.

Sabemos que algumas instituições judaicas lamentaram o pouco contato que tiveram com o presidente de Israel, mas, numa visão geral, podemos dizer que foi uma visita extremamente proveitosa para os judeus da comunidade brasileira e tanto para Israel quanto para o Brasil.

Bolsonaro não poupou elogios a Bibi e disse: "Foi com muita alegria que hoje conheci a um homem que para mim é exemplo de patriotismo, abnegação e de trabalho por seu povo. Um capitão (do Exército) como eu, com uma história que serve de exemplo a todo cidadão de bem".

Após todas estas trocas de elogios e de intenções de intercâmbios, os judeus daqui e de Israel podem se sentir mais atendidos por este governo que assumiu o país.


Agora é esperar os frutos desta visita.

 

Floriano Pesaro
Deputado Federal
www.florianopesaro.com.br

 

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