Caramujos africanos afetam Rio

As autoridades do Rio de Janeiro estão preocupados com a proliferação de caramujos africanos . O número de locais com os moluscos dobrou entre 2004 e 2006, de acordo com dados da Defesa Civil Municipal. Nesse período, foram registrados 2.970 casos. A praga contamina o solo e a água, provocando doenças em seres humanos e animais.

 O caramujo é nativo do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se em várias regiões do país.

Segundo o Terra, em 2004, foram realizados 670 atendimentos a lugares com caramujos. No ano seguinte, o número passou para 960, chegando a 1.340 em 2006. Este ano, a Defesa Civil já recebeu 808 chamados de moradores da cidade. O bairro mais afetado é Campo Grande, na zona oeste, onde foram registrados 559 casos, desde 2004.

Segundo a diretora de Controle de Operações da Defesa Civil, Heloísa Florindo, o caramujo africano pode transmitir parasitas que causam uma doença chamada de Angiostrongilíase meningoencefálica, provocando inflamação das membranas que protegem o sistema nervoso (espécie de meningite), além de Angiostrongilíase abdominal (hemorragia intestinal). Ainda não há informação sobre pacientes que tenham contraído as doenças no Rio.


"Os caramujos africanos costumam ficar em jardins de prédios, canteiros de calçadas ou até na vegetação típica da faixa de areia da orla carioca. A Defesa Civil tem orientado a população com panfletos desde que percebeu o aumento do problema", destacou Heloísa.

Ela disse ainda que o recolhimento dos moluscos é de responsabilidade da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), apesar de a Defesa Civil registrar e acompanhar as ocorrências. As pessoas interessadas em coletar os caramujos devem estar com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato da secreção com a pele.


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