Encerramento do Jardim Botânico Tropical, em Belém, Lx

Encerramento do Jardim Botânico Tropical, em Belém, Lx

O Jardim Botânico Tropical, em Belém, (JBT), propriedade da Universidade de Lisboa desde 2015, vai fechar a partir da próxima 2ªfeira, 7 de janeiro, para obras de reabilitação extensiva, que irão demorar 9 meses.

Nesta 1ª fase estão programadas intervenções nas infra-estruturas básicas como os caminhos, as condutas de água, da rega, da energia e nos edifícios. Serão também repostas várias espécies botânicas ameaçadas, como as palmeiras.

No fim das obras terá uma nova área visitável: o Jardim dos Catos que se está encerrado há várias décadas.

Estas são as primeiras grandes obras de reabilitação desde a década de 40 do século passado.

(Em função das obras prevemos que partes do jardim poderão reabrir ao público dentro de 4 meses.)

  

O JBT é um espaço verde de interesse científico e de recreio com cerca de 7 hectares, sendo constituído, essencialmente, por espécies exóticas cuja plantação se destinou a desenvolver o estudo da flora das colónias portuguesas. Plantado em terreno com suave declive, o jardim integra alamedas, lagos, estufas, campos experimentais, jardim oriental e canteiros onde se dispersam várias espécies exóticas, para além de um  herbário.

No topo Norte do jardim, situa-se o Palácio Calheta, mandado construir como casa de veraneio, em meados do séc. XVII por D. João Gonçalves da Câmara, 4.º Conde da Calheta. Este palácio e os terrenos adjacentes, onde se desenvolve atualmente o JBT, foram adquiridos em 1726 por D. João V que os reformulou profundamente. Nas proximidades do Palácio Calheta, verifica-se em 1758 o atentado contra D. José I, que culmina no processo dos Távoras, tendo alguns dos interrogatórios decorrido no palácio.

Em 1940, o JBT acolheu a Secção Colonial da Exposição do Mundo Português, sendo ainda visíveis alguns dos pavilhões que a constituíam. Em 2007, o Palácio Nacional de Belém e todo o conjunto intramuros onde se integra o Jardim Botânico Tropical, foi classificado como Monumento Nacional.


Em 2015 na sequência do processo de extinção por fusão do IICT na Universidade de Lisboa e na Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, o JBT passou a integrar o património da Universidade de Lisboa.

 Universidade de Lisboa

 

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