Todos os golpes de Estado se parecem

Todos os golpes de Estado se parecem

Em nosso país os golpes de Estado sempre seguem o mesmo padrão, o que se modificam, muitas vezes, são os agentes históricos neles envolvidos.

Em 30 de setembro de 1937 os jornais estampavam uma manchete: "Instruções do Comintern ( Comitê da III Internacional Comunista) para a acção de seus agentes no Brasil: o Plano Cohen".  O Exército descobrira um tenebroso plano de ataque subversivo de nome judaico. Os Ministros Militares, tendo à frete o general Góis Monteiro, davam um ultimatum para que o Congresso decretasse "o estado de  guerra interna", em vista do eminente "perigo vermelho".

O documento apócrifo que fundamentou a denúncia do "Plano Cohen" e que levou à decretação do "estado de guerra" foi uma falsificação de autoria do então Capitão Olímpio Mourão, filiado ao Partido Integralista na época, posteriormente promovido a general de Exército, que comandou o Golpe de 1964 e presidiu o STM até pouco antes de sua morte, em 1972.

Em 10 de novembro decretava-se o Estado Novo, fechava-se o Congresso Nacional e era outorgada uma nova Constituição ao Brasil, escrita pelo "notável" Chico Ciência.

O golpe de Estado de 1937 também se propunha atacar pela raiz "a corrupção de uma classe política conspurcada pela lama", como panfletado num  dos primeiros informes emitidos pelo D.I.P., futuro controlador cultural da Nação.

Caso tenha interesse no assunto, leia nosso ensaio em http://proust.net.br/blog/?p=1424.

Carlos Russo Jr.

Espaço Literário Marcel Proust

www.proust.net.br

 

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