Influência do pentágono no espaço aéreo russo

A reunião do Comando central Militar da Rússia em 19 de Janeiro concluiu que um dos elementos mais perigosos para o espaço aéreo da Rússia é o Sistema Nacional de Controlo de Tráfico Aéreo. Por quê?

Há 10 anos, elementos no governo da Rússia permitiram que corporações estrangeiras fornecessem equipamento para o Sistema Nacional de Operação de Tráfico Aéreo da Rússia. Firmas dos EUA, Itália, França, Reino Unido e Espanha, começaram a operar nos aeroportos russos, nas rotas aéreas e na infra-estrutura do tráfico aéreo.

Os fornecedores russos foram excluídos porque, na altura, não conseguiam dar comissões para os “intermediários” e não tinham posses para financiar uma viagem para um local de prestígio para “estudar equipamento”.

Em 1991, o Centro de Comando Militar da Rússia analisou a operação “Tempestade no Deserto”, em que o sistema de operação de tráfico aéreo do Iraque (fabricado por uma corporação norte-americana), viu o sinal de satélite cortado dum momento para outro. Cortou-se o sinal a radares, estações de rádio, sistemas de operação automáticas, afectando aviação civil e militar.

Por isso mesmo, o governo da Rússia emitiu em 1993 uma resolução especial que ditou que pelo menos 60% dos sistemas de operação do tráfico aéreo russo teriam de ser fabricados na Rússia. No entanto, essa resolução não foi efectuada com eficácia.

Tenente-Geral Mikhail Kizilov, Chefe da Administração do Uso do Espaço Aéreo e da Operação do Tráfico Aéreo, afirma que sistemas automáticas (caras) na Sibéria e outros sistemas por controlo remoto, noutras regiões do país, compradas no estrangeiro, já foram comprados e implementados.

Em 1999, NATO e os EUA demonstraram nova táctica militar na Yugoslávia. Os EUA já tinha instalado sistemas de rádio para copiar os dados dos sistemas de defesa aérea, os quais ajudaram as bombas de “precisão” (?) da NATO alvejarem os objectivos.

A Rússia já tem muito equipamento estrangeiro nos seus sistemas operativos de tráfico aéreo. Embora que a preferência esteja a ser dada a empresas russas neste momento, a verdade é que firmas estrangeiras estão a operar na Rússia há 10 anos e dado a história da NATO e dos EUA, há que ter cuidado.

A Federação Russa tem tecnologia avançada própria que não precisa das normas ocidentais em termos de software ou equipamento. O equipamento que já foi instalado em certas regiões da Rússia será com certeza alvo de investigação no futuro.

Alexander Babakin PRAVDA.Ru

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