Moscovo: Críticas estrangeiras injustas

Os serviços secretos russos trabalharam em estreito contacto com os serviços de inteligência ocidentais antes de realizar a operação de libertação dos reféns em Moscovo. Esta declaração foi feita, segunda-feira, por uma fonte bem informada nos serviços secretos russos.

Segundo a fonte, na sexta-feira, 25 de Outubro, o coronel-general Viktor Komogorov, vice-director do Serviço Federal de Segurança (FSB) e chefe do departamento de análise, previsão e planeamento estratégico do FSB, se encontrou em Moscovo com representantes dos serviços secretos e órgãos de segurança de uma série de países para tratar a questão em torno da situação da tomada dos reféns.

Segundo a informação divulgada pelo Centro de Relações Públicas do FSB, o general informou os participantes do encontro sobre as medidas de carácter anti-terrorista tomadas pelos serviços especiais russos.

"Os participantes do encontro chegaram à plena compreensão mútua sobre a interacção com o Serviço Federal de Segurança da Rússia na luta anti-terrorista" - salientou o Centro de Relações Públicas do FSB.

"Para superar a situação criada em Moscovo, os serviços ocidentais ofereceram apoio ao FSB, dentro das possibilidades que tinham à sua disposição" - assinalou o Centro de Relações Públicas.

Neste encontro participaram, no mínimo, 30 representantes dos serviços secretos estrangeiros, inclusive, dos EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França, China, Espanha, Itália, Japão e outros países do mundo, inclusive da CEI.

Em entrevista concedida no sábado a jornalistas o embaixador os EUA, Alexander Vershbow, declarou que os serviços secretos russos e americanos realizaram consultas por motivo da acção terrorista em Moscovo. "Mantivemos um estreito contacto" - disse o embaixador. "Espero que a assistência recebida deste modo tenha sido aproveitada" - assinalou Vershbow.

O embaixador considera que a operação realizada pelos serviços especiais russos para libertar os reféns foi bem sucedida. Segundo as suas palavras, se tivermos em conta que estava ameaçada a vida de mais de 700 pessoas, veremos que "a operação teve êxito".

O Governo britânico enviou a Moscovo um grupo de peritos em luta contra o terrorismo para prestar assistência ao embaixador da Grã-Bretanha em Moscovo, Roderic Line, por motivo da tomada dos reféns. Como declarou na quinta-feira da semana passada o ministro dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha, Jack Straw, a Grã-Bretanha assume uma responsabilidade especial por fazer da sua parte todos os possíveis a fim de garantir a segurança dos cidadãos britânicos e outras pessoas que os terroristas tomaram como reféns em Moscovo.

© RIAN

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