APCE irrita delegados russos sobre Tchechénia

O enviado da Assembleia Parlamentar do Concelho da Europa (APCE), Lord Judd, declarou que o referendo na Tchechénia, programado para Março, deveria ser adiado, o que irritou profundamente os delegados russos.

Os delegados russos rejeitaram as recomendações feitas por Lord Judd, enviado da APCE para a República da Tchechénia, que recomendou que o referendo fosse adiado para uma data mais tarde. O líder do grupo dos enviados russos, Dmitri Rogozin, declarou à imprensa que “Provavelmente, Lord Judd nem tinha intenção de ir à República da Tchechénia – ou nem quis ver nada ou veio com uma decisão que já tivera feito”.

Dmitri Rogozin Acrescentou que “Nós entendemos as preocupações sobre o sucesso do referendo, se toda a população poderá participar, como irão os refugiados votar. Mas temos dois meses para tratarmos destes pormenores e não são o tipo de problema que justificaria o adiamento do referendo”.

O mundo exterior gosta muito de se intrometer e interferir sobre a questão tchetchena, acerca da qual há uma ignorância generalizada. É uma questão que tem séculos de história, é uma questão de banditismo, de terrorismo, de grupos de criminosos que praticam a extorsão, o rapto e o roubo desde o século 18.

Não é questão de condenar o povo tchetcheno, que muito sofre nas mãos destes elementos, que despreza. O que está em causa á o referendo programado pela Federação Russa para a República da Tchetchénia, para este povo escolher a direcção que queria seguir.

Vem agora um Lord Judd, britânico, intrometer-se, como os seus há poucos anos passavam o tempo a traçarem linhas bonitas em mapas fora-de-prazo, declarando o que era deles e dos seus parceiros imperialistas.

Dmitri Rogozin declarou ainda que se a APCE rejeita as propostas da Rússia e se o LorJudd permanece como co-Presidente do grupo de trabalho, muito provavelmente a delegação russa iria abandonar o grupo.

“Fica cada vez mais evidente que Lord Judd começou a jogar jogos políticos, esquecendo-se que não é um assunto político, mas involve as vidas de milhões de pessoas”, concluiu Dmitri Rogozin.

PRAVDA.Ru

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