Teerão apoia a posição da Rússia e da China

O Irão "apoia e congratula-se" com a posição de Moscovo e Pequim a propósito do seu dossier nuclear, afirmou o chefe da diplomacia iraniana, Manuchehr Mottaki, durante duas conversas telefónicas com os seus homólogos russo e chinês, Serguei Lavrov e Li Xhaoxing. "A República Islâmica do Irão apoia e congratula-se com a posição (da Rússia e da China) a favor da continuação das negociações para encontrar uma solução aceitável para todas as partes e para a análise da questão (nuclear iraniana) no âmbito da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)", afirmou Manouchehr Mottaki, citado pela agência oficial Irna.

Há 15 dias que o Conselho de Segurança da ONU tenta, em vão, chegar a acordo sobre um projecto de texto que visa dar um prazo ao Irão para quê este país respeite as exigências da AIEA e abandone qualquer actividade ligada ao enriquecimento de urânio. A Rússia, seguida pela China, insiste que o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve manter um papel de apoio à AIEA e recusa que o prazo concedido ao Irão surja como um ultimato, com possibilidade de aplicação de sanções.

Sexta-feira, Serguei Lavrov garantiu que o seu país não aceitará uma decisão do Ocidente sobre o Irão "tomada nas suas costas". O ministro dos negócios estrangeiros russo comentou informações da imprensa sobre negociações "secretas" dirigidas pela Grã-Bretanha com outros países ocidentais.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, telefonou sexta-feira ao seu homólogo russo Serguei Lavrov para tentar acabar com o impasse no dossier nuclear iraniano. "Foi uma conversa proveitosa. Concordámos em pedir aos nossos negociadores para voltarem a trabalhar nos próximos dias", indicou Rice, sublinhando que os negociadores devem começar a trabalhar já durante o fim-de-semana.

Referindo-se à posição dos Estados Unidos e dos países europeus, que pedem firmeza face ao Irão, Mottaki criticou "certos países membros do Conselho de Segurança, que são minoritários e que perseguem objectivos políticos e procuram a confrontação".

O chefe da diplomacia iraniana acrescentou que o regresso do dossier nuclear iraniano, examinado actualmente pelo Conselho de Segurança da ONU, à AIEA "permitirá voltar a estudar (a aplicação) do protocolo adicional", que autoriza inspecções surpresa aos recintos nucleares iranianos.

O Irão decidiu não aplicar mais o protocolo adicional após o envio do seu dossier ao Conselho de Segurança. Segundo "Região da leiria"

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