Rússia dita sucesso ou fracasso do Protocolo de Kyoto

O Protocolo de Kyoto foi adoptado em 1997, em seguimento às linhas-guia traçadas em Rio de Janeiro em 1992, na Convenção da ONU sobre a Mudança da Clima e da declaração da Assembleia Geral em 1988 que o clima mundial estava desequilibrada devido às actividades do homem. “A Rússia é agora uma das partes envolvidas na resolução a mudar a política sobre o clima e agora o seu papel é fundamental: Se a Rússia não o ratificar, o protocolo de Kyoto não entrará em vigor”, disse Victor Danilov-Danilyan. No entanto, há vários opositores ao Protocolo.

Um dos argumentos contra é o facto que se a Rússia respeitar o protocolo e não aumenta as emissões de Gás Efeito-Estufa (GEE), poderá diminuir o crescimento económico, uma tese que não tem fundamento, de acordo com Danilov-Danilyan, porque a Rússia só poderia atingir o nível das emissões que fazia em 1990 daqui a vinte anos. O PIB da Federação Russa em 2000 foi metade daquilo que tinha sido em 1990, e emissões de GEE reduziram por 30 a 35%.

Outro argumento contra é que a Rússia teria, sob o Protocolo, de implementar um sistema caro de monitorização, para controlar as emissões e para apresentar relatórios à Convenção sobre a Mudança do Clima. No entanto, argumenta Danilov-Danilyan, a DUMA Estatal já rafiticou o estabelecimento dsta Comissão em 1994, foi aprovado pelo Conselho Federal e assinado pelo Presidente (Eltsin). De qualquer modo, o sistema de controlo é muito util, porque capacita uma economia de gastos.

Quanto custará o Protocolo de Kyoto? “Em primeiro lugar, não é preciso contabilizar cada chaminé...Emissões de CO2 para o atmosférica são determinadas a partir da quantidade de combustível queimado e o conteudo de carbono, por isso o que é preciso é exercer um controlo elementar sobre a economia nacional”. Acrescenta o perito russo que o sistema nova será 100 vezes menos caro do que os gastos correntes na contenção de poluição.

Em terceiro lugar, as maiores firmas russas só irão ganhar com a implementação do Protocolo de Kyoto. Firmas como Gazprom e outras, que numeram agora umas 30, vão beneficiar financeiramente da ratificação deste Protocolo.

Há quem reflecte na Rússia a opinião do presidente Bush, afirmando que o conteúdo do protocolo de Kyoto não foi científicamente provado, contrapondo que o clima foi sempre cíclico e que por isso as mudanças não foram causadas pela actividade humana. No entanto, pelo menos, o Protocolo de Kyoto é um instrumento extremanente importante para a redução de poluição, pois protege o ecosistema e é um ponto de encontro entre os membros da comunidade internacional na resolução dos problemas comuns. Há que começar por algum ponto.

Sumário feito por Boris SANTANA PRAVDA.Ru

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