A GUERRA NA CHECHÊNIA ACABOU

A situação na Chechênia está melhorando, o número de crimes está diminuindo. A Rússia cortará a quantidade de soldados federais na república diante dessas condições. É o que foi oficialmente dito pelo comandante checheno, general de brigada Yevgeny Abrashin. Parte das tropas russas foi retirada do norte do Cáucaso em março deste ano. Um pouco mais de 1200 recrutas deixaram a república chechena, assim como 200 unidades de tecnologia de defesa. As funções de controle das operações de contra-terrorismo no norte do Cáucaso devem passar para o Ministério do Interior russo no primeiro dia de julho. Yevgeny Abrashin disse que o principal objetivo das estruturas militares estava relacionado com atividades de manutenção da lei. Parece que os atos de terrorismo são considerados uma conseqüência inevitável do processo de paz. No entanto, é improvável que a anistia inspire os bandoleiros chechenos a parar com as atividades subversivas na república.

Uma delegação do Parlamento Europeu chegou à Chechênia dia 17. A administração chechena quer mostrar as grandes vantagens da situação da república aos delegados europeus: o referendo correu bem, as eleições virão em dezembro, etc. Os oficiais europeus vão conversar com civis, visitar hospitais, escolas e campos de refugiados. O relatório do comitê será publicado em Estrasburgo durante uma sessão de julho do parlamento europeu.

Nem é preciso dizer que o Kremlin precisa de um relatório positivo sobre a situação na Chechênia, e foi por isso que a delegação recebeu entusiásticas boas-vindas: eles falaram com o povo, jantaram ao som de músicas nacionais, escutaram os relatórios de oficiais russos, etc. O líder da delegação européia, Reino Paasilinna, afirmou que as organizações internacionais devem ajudar a administração chechena para melhorar a situação na república. Ele disse que vai recomendar ao Parlamento Europeu a transferência de fundos para criar condições normais de vida na Chechênia. O líder da delegação disse que cerca de 33 milhões de euros serão distribuídos à república durante este ano. A perfeita impressão foi um pouco maculada pelo protesto que foi organizado por residentes locais da vila de Prigorodnoye. Eles exigiam a libertação de 18 moradores, que foram detidos num processo de varredura. Um ataque terrorista ocorreu recentemente na vila; um veículo blindado russo foi explodido, dois recrutas russos morreram, e outros quatro seriamente feridos.

Alexander Mokritsky, promotor russo das tropas russas no norte do Cáucaso, conseguiu recuperar o ânimo positivo do encontro com deputados europeus. Ele apresentou os dados mais recentes sobre militares russos que foram processados por crimes contra civis chechenos. Pela primeira vez, sessenta recrutas federais foram condenados, 15 foram processados por crimes dolosos.

Num discurso na Duma, na sessão dedicada à base legal para a luta anti-terror, o deputado promotor geral da Federação Russa, Vladimir Kolesnikov, afirmou que 407 crimes terroristas foram cometidos na Rússia em 2002. A agência de notícias Rosbalt noticiou que o número de crimes aumentou em 68. Bandoleiros mataram 780 militares e feriram 1525. Kolesnikov acrescentou que a maioria dos ataque terroristas foram registrados na república chechena. Em 2001, 821 militares foram mortos e 2537 foram feridos em ataques terroristas na Chechênia.

Parece surpreendente, mas Vladimir Kolesnikov disse que apenas 25 processos criminais foram abertos sob a alegação de atividade terrorista. Yegor Belous Traduzido por Carlo Moiana Pravda.Ru MG Brasil

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