Bruxelas contra Moscovo

O Acordo de Parceria e Cooperação (APC) de 1994 entre os 15 estados membros da UE e a Federação Russa regula as relações bilaterais. Bruxelas entende que o acordo deveria ser automaticamente estendido a compreender os dez novos estados membros da União Europeia no dia 1 de Maio de 2004, nomeadamente Polónia, Hungria, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Malta e Chipre.

Contudo, Moscovo demonstra relutância em concordar com a extensão automática do APC por causa da grande importância da sua relação comercial com o bloco de países no leste europeu, uma relação que irá sofrer uma queda de 150 milhões de Euro por ano.

A posição de Moscovo vai provavelmente merecer um aviso de Bruxelas que a não ser que for estendido o APC, haverá retaliações que serão traduzidos na imposição de sanções contra a Federação Russa.

A posição de Moscovo é mais conciliador. Igor Ivanov apelou no final de semana por uma aliança estratégica com a União Europeia para “ultrapassar as dificuldades e diferenças”, numa carta endereçada à imprensa estrangeira em Moscovo.

O Ministro de Relações Exteriores da Federação Russa pediu que os dois lados fizessem um esforço sério para identificarem as áreas problemáticas para procurarem objectivos estratégicos de longo termo no sentido de facilitar as relações bilaterais.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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