Rússia opõe ação unilateral militar contra o Iraque

O MNE da Federação Russa, Igor Ivanov, declarou numa conferência de imprensa no Kremlin ontem que a Rússia não concorda com o uso de força contra o Iraque pelos Estados Unidos da América.

“A força deve ser usada somente quando todos os outros recursos foram tentados”, disse o Ministro, acrescentando que ainda há muitos recursos a usar e muitas possibilidades disponíveis para a resolução diplomática da questão em torno ao Iraque.

Revelou que nas suas discussões com os colegas no Concelho de Segurança da ONU, ficou claro que a maioria dos membros estão a favor de meios diplomáticos e pacíficos na resolução da crise, referindo-se à posição tomada por Presidente Chirac de França e Chanceler Schroeder da Alemanha, que também se pronunciaram contra qualquer ataque dos EUA/Reino Unido contra Iraque.

Considera ainda que “A Rússia, como muitos outros membros do CS, acredita que os inspetores deveriam continuar o seu trabalho e estabelecer se ou senão Iraque tem armas de destruição em massa. Se forem encontradas tais armas, os inspetores devem documentar a sua eliminação”.

Parece que Washington e Londres têm uma leitura diferente da tarefa dos inspetores. São do opinião de que, se não for encontrado nada, então é prova de que Bagdade não está a cooperar. Insistem na apresentação do relatório pelo UNMOVIC até 27 de janeiro, quando as próprias equipas de inspeção afirmam que só tiveram tempo até agora de completar metade do seu trabalho.

Se é que os inspetores estão no Iraque para verificar se Bagdade tem as armas ou não, o eventual descobrimento de armamento não justifica um ataque. O que justifica é a destruição pelos funcionários da ONU deste equipamento, sempre sob a égide da ONU.

O questão é se a grande mobilização afetuada pelos EUA/Reino Unido já foi longe demais para ser parada.

Timofei BYELO PRAVDA.Ru

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