SOLUÇÃO MILITAR NO IRAQUE DEVE SER ÚLTIMO RECURSO QUANDO FOREM ESGOTADOS TODOS OS OUTROS

A Rússia considera que as possíveis "acções unilaterais" contra o Iraque "podem não só agravar seriamente a situação na região, mas também desfechar um substancial golpe sobre a unidade da coligação anti-terrorista" - declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Igor Ivanov.

Segundo as suas palavras, a maioria dos membros do Conselho de Segurança da ONU parte do princípio de que "é necessário prosseguir os esforços políticos e diplomáticos para resolver" o problema do Iraque. Ivanov expressou a opinião comum da maioria dos membros do Conselho de Segurança da ONU de que "os recursos e possibilidades desta solução estão longe de ser esgotados".

"A solução militar deve ser a última solução quando forem esgotadas todas as outras possibilidades" - declarou o ministro.

No seu dizer os últimos relatórios dos inspectores internacionais testemunham que o Iraque coopera com a ONU, através dos canais diplomáticos e políticos, na solução de todas as questões que estão a surgir.

Segundo as palavras de Ivanov, o problema iraquiano deve ser resolvido em princípio no âmbito da comissão dos inspectores internacionais. O estadista russo lembrou que a essência da resolução 1441 do Conselho de Segurança consiste não só em dar resposta à pergunta sobre se o Iraque dispõe ou não de armas de extermínio em massa, mas também em "declarar sobre a sua destruição" caso estas armas existam. Depois disso os inspectores internacionais devem criar um sistema de monitoramento para impedir o reinício da produção destas armas no Iraque.

Ivanov salientou que na reunião do Conselho de Segurança da ONU de 27 de Janeiro serão divulgados os relatórios da comissão dos inspectores internacionais e da comissão da Agência Internacional de Energia Atómica para o Iraque.

No entanto, como lembrou o ministro, em Dezembro de 1998 quando a comissão dos inspectores internacionais dirigida por Richard Butler descobriu e liquidou grande número de mísseis e armas químicas no Iraque, por decisão do seu chefe ela cessou unilateralmente as suas actividades. O Iraque "não expulsou" os inspectores como isso se procura apresentar agora - declarou o chefe do MNE da Rússia.

© RIAN

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