Rússia não deixa de considerar errada a anulação do tratado ABM

Passados três meses e meio desde a retirada, de facto, dos EUA do Tratado ABM, de 1972, a Rússia não deixa de considerar não ter havido razões importantes para a denúncia daquele instrumento - disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Igor Ivanov, em conferência de imprensa em Moscovo.

O ministro apontou que os mais recentes acontecimentos confirmam esta tese. Não é a partir do "espaço" que advém hoje uma ameaça. Um escudo anti-missil não poderá proteger contra atentados terroristas nem atiradores doentes. Os músculos "militares", por maiores que sejam, não valem contra ameaças como terrorismo internacional - assinalou o ministro.

Devemos cimentar, e não destruir, os pilares jurídicos dos regimes de não-proliferação e ampliar a cooperação de países de modo a construir barreiras à proliferação de armas de extermínio em massa - salientou Igor Ivanov.

Neste contexto, o ministro russo considerou muito importantes as decisões tomadas na cimeira Rússia-EUA de Moscovo, de Maio. Para Ivanov, a celebração do novo Tratado não foi uma indemnização pela retirada dos EUA do Tratado ABM, de 1972. Não obstante essa decisão dos EUA, não suspendemos as negociações e conseguimos elaborar um documento muito importante.

"Este foi um importante ponto de orientação no rumo a seguir" - disse o ministro russo

© RIAN

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X