Vitória expressiva para o chavismo nas eleições regionais

Vitória expressiva para o chavismo nas eleições regionais

O Grande Pólo Patriótico (GPP), aliança de forças bolivarianas, obteve 17 das 23 governações em disputa com a oposição de direita, nas eleições regionais que este domingo se realizaram na Venezuela. A participação foi elevada (61,14%). Falta definir os resultados no estado de Bolívar.

Ao divulgar os resultados preliminares das eleições dos 23 governadores dos estados da Venezuela, a presidente do Poder Eleitoral, Tibisay Lucena, destacou «o ambiente de paz, tranquilidade e civismo» que presidiu à realização do acto eleitoral, informam a Prensa Latina e a AVN.

Afirmou que a participação foi de 61,14%, ou seja, mais de 10 milhões dos eleitores inscritos votaram, o que, sublinhou Lucena, é um número elevado para umas eleições regionais.

De acordo com os resultados anunciados pelo Poder Eleitoral, o GPP obteve 54% dos votos e a governação em 17 dos 23 estados (75%). Destaca-se a conquista, pelos chavistas, dos estados do Amazonas e, sobretudo, de Miranda e Lara, que, governados por Henrique Capriles e Henri Falcón, respectivamente, eram tidos como bastiões da oposição de direita.

Diosdado Cabello, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), principal força política do GPP, afirmou na Venezolana de Televisión que «o povo fez pagar à direita a factura da violência» - Lara e Miranda são precisamente dois dos estados que mais sofreram as consequências da agenda violenta implementada pela chamada Mesa da Unidade Democrática (MUD) entre Abril e Julho deste ano.

Por seu lado, a MUD conquistou cinco estados (Anzoátegui, Mérida, Nueva Esparta, Táchira e Zulia), obtendo 45% dos votos. Falta anunciar os resultados no estado de Bolívar, cuja tendência não é irreversível.

Mérida, Táchira e Zulia integram aquilo que é designado como a «meia lua» fronteiriça com a Colômbia. Katu Arkonada, analista político basco residente na Bolívia e assessor do governo boliviano, afirmou que a vitória da oposição nesta «meia lua» é «preocupante», na medida em que pode «implicar um aumento do paramilitarismo», indica a TeleSur.

Em conferência de imprensa, a MUD já veio pôr em causa «todo o processo» eleitoral e exigiu uma «auditoria completa».

Maduro: «O chavismo arrasou»

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, manifestou a sua satisfação com o triunfo da Revolução Bolivariana, tendo afirmado que «venceu a paz, a pátria grande, a Venezuela bolivariana e chavista». «O chavismo arrasou», exclamou.

Falando no Palácio de Miraflores, em Caracas, poucos minutos depois da divulgação dos resultados preliminares das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral, o chefe de Estado exigiu a realização de uma auditoria completa aos boletins de voto, face à intenção já conhecida, por parte de alguns membros da oposição, de alegar «fraude».

Em todo o caso, Maduro mostrou-se disponível a trabalhar com os governadores eleitos pela direita, em prol das suas regiões e para consolidar a paz no país caribenho. Em seu entender, «a paz é o único caminho para recuperar a prosperidade económica e a estabilidade social de uma nação assediada pelos Estados Unidos e alguns dos aliados», informam a Prensa Latina e a AVN.

O presidente da República disse ainda que vários chefes de Estado felicitaram o povo venezuelano pelo seu civismo, como os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e da Bolívia, Evo Morales. Referiu-se também à mensagem de apoio de Diego Armando Maradona, antigo futebolista argentino.

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