Blair reserva à Rússia o direito de defender-se contra o terrorismo na Chechenia

A Rússia enfrentava a "Al-Qaeda" ainda antes do 11 de Setembro de 2001 e tem os interesses legítimos em defender-se contra as manifestações terroristas na Chechénia - disse, esta quarta-feira, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em entrevista à BBC.

O primeiro-ministro britânico disse que a Rússia é "vítima do terrorismo", exortando a não esquecer que o terrorismo advém dos extremistas que actuam na Chechénia e que a integridade territorial da Rússia deve ser respeitada.

Para o primeiro-ministro britânico, uma das causas por que a Rússia combatia a "Al-Qaeda" antes dos atentados terroristas a Nova Iorque e a Washington é a de que Moscovo se havia tornado muito antes alvo de atentados terroristas por parte de extremistas islâmicos, os quais ceifaram a vida de muitos e muitos russos.

Para Blair, no momento presente, "chegou-se a entender melhor a ameaça que os extremistas e terroristas representam para a Rússia e que é importante que a Rússia defenda a sua integridade territorial. Ainda de acordo com Blair, Moscovo tem-se sempre preocupado com as tentativas dos elementos extremistas de separar a Chechénia da Rússia. "Se isso ocorrer e esta tendência, directamente vinculada ao extremismo e ao fundamentalismo, se alastrar a um outro país, isso vai ser um grande problema" - acredita o primeiro-ministro britânico. Por isso, é muito importante compreender a situação na Rússia - assinalou Blair.

Tony Blair fez esta declaração na véspera da sua visita à Rússia, durante a qual ele, segundo peritos, procurará persuadir Moscovo a não impedir a passagem, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, de uma nova resolução em relação ao Iraque que prevê, entre outras coisas, a possibilidade de uma operação militar dos EUA e dos seus aliados contra aquele país.

© RIAN

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