A Rússia continua importar carne bovina do Brasil apesar de vetos

Em março de 2005, os embarques somaram 181,8 mil toneladas (equivalente carcaça). "O Brasil continua batendo recordes mensais na exportação de carne bovina apesar dos embargos", afirmou o presidente da Abiec, Pratini de Moraes, durante reunião do Conselho Empresarial Brasil-Rússia, ressaltando que os vetos são parciais. A Rússia, principal cliente brasileiro, permitia em março compras apenas do Espírito Santo, Tocantins e Rondônia. Esta semana, o governo russo liberou as importações do Rio Grande do Sul, que estavam proibidas desde dezembro de 2005. Com isso, segundo a Abiec, há atualmente 12 unidades autorizadas a exportar para o país. No caso da União Européia, foram embargados somente os Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os frigoríficos atualmente exportando para o bloco estão fora destes três Estados, disse Pratini. "Os frigoríficos que estão autorizados a exportar concentram toda a sua produção para o mercado russo", explicou Pratini. Os embarques registrados em março geraram receita de 274 milhões de dólares, com aumento ante os 226 milhões de dólares obtidos em igual mês do ano passado. Os números não consideram as exportações de miúdos - apenas vendas de carne bovina "in natura" e industrializada. Do volume total exportado em março, 93,9 mil toneladas foram de carnes frescas (215,8 milhões de dólares) e 17,9 mil toneladas corresponderam a carnes industrializadas (58,2 milhões de dólares). Apesar do embargo da Rússia, o país continua sendo o principal destino da carne bovina "in natura" do Brasil. Os embarques para o mercado russo somaram 17,2 mil toneladas em março, com receita de 33,6 milhões de dólares. Pratini afirmou que o embargo russo afeta de forma mais severa as exportações de suínos que as de bovinos. Considerando a receita de 1,6 bilhão de dólares com as vendas brasileiras de todas as carnes para a Rússia em 2005, 1,1 bilhão foram de suínos. A Abipecs, que reúne os exportadores brasileiros de suínos, divulgou na quarta-feira que as vendas externas em março caíram quase 50 por cento ante igual mês de 2005 devido o embargo russo.

Segundo "24 Horas News" e "Reuters"

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