Cimeira dos G8

Esta cimeira irá restabelecer as relações entre os países depois do ultraje cometido pelos EUA e Reino Unido no Iraque.

Na reunião deverá se discutir maneiras em que se pode estabelecer mecanismos colectivos para controlar a situação internacional sem recurso a violência e os problemas económicos globais. Também na agenda dos assuntos a discutir é como ajudar os países em vias de desenvolvimento, com uma ênfase especial sobre o continente africano.

Relativamente ao mercado global, discutir-se-ão métodos de fomentar crescimento económico sustentável nos países em vias de desenvolvimento e projectos de cooperação entre os G8 nas áreas de tecnologia e ciência.

Do ponto de vista da Federação Russa, de acordo com o porta-voz da chancelaria, Aleksandr Yakovenko, em entrevista com RIA Novosti, a prioridade é “agir na Cimeira de modo a angariar parceiros para soluções baseados em consenso” e não acções unilaterais (e ilegais) como se viu no Iraque. “Os membros dos G8 têm muito mais em comum do que diferenças e é isso que os permite uma discussão de todos os assuntos contenciosos duma forma aberta e franca”, considera Aleksandr Yakovenko.

Relativamente ao Iraque, “Tencionamos utilizar o diálogo entre os líderes dos G8 para transferir a solução pos-guerra no Iraque para a supervisão da ONU” e, numa escala mais lata, a Federação Russa quer aumentar a luta contra o terrorismo internacional. Ligado a esse assunto é a questão de Tchetchénia, onde grupos de terroristas internacionais misturam com os bandidos locais, que há séculos operam redes de tráfico e de contrabando, criando instabilidade na zona.

No que diz respeito a África, o porta-voz da chancelaria considera que “Esta cimeira é uma oportunidade de discutir os principais problemas do mundo com os líderes não só dos G8 mas também com os líderes africanos que adoptaram recentemente o programa NEPAD. Este diálogo irá incrementar os esforços conjuntos de desenvolver um modelo socialmente orientado de globalização”.

A Federação Russa quer utilizar a cimeira para implementar os termos da Mapa de Estrada para a paz no Médio Oriente o mais rapidamente possível e de pressionar o Paquistão a fazer todos os esforços a não permitir a infiltração de terroristas na linha de controlo em Kashmir.

Na América Latina “A Federação Russa quer focar a atenção no narcotráfico e o novo fenómeno, narco-terrorismo, que está a constituir uma ameaça interna em Colômbia e também aos seus vizinhos, fazendo escalar o problema do tráfico de droga que afecta não só o continente mas também o mundo, incluindo a Rússia.

Globalmente, a Cimeira “irá cimentar a posição da Federação Russa no clube, baseado na crescente estabilidade da economia da Rússia e das políticas adoptadas nos últimos anos, na sua política externa, que tem tido enorme apoio internacional e o programa de pagamento da dívida externa”.

Konstantin KODENETS PRAVDA.Ru

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