Dia do Trabalhador

Dia 1 de Maio é um dia de celebração da vitória dos movimentos sindicalistas em todo o mundo, que derramaram seu sangue e que deram horas e horas do seu tempo na construção dos direitos do trabalhador, pondo fim à exploração do proletariado pela burguesia, estabelecendo um estado de lei e igualdade entre os seres humanos.

Agora com tantos direitos alcançados, o trabalho dos pioneiros que construíram o Primeiro de Maio é feito? Sim, mas não terminado. A grande derrota deste heróico movimento será a apatia já que muitos de nós vivemos no conforto dos nossos lares, gozando as boas condições de trabalho, salários que dão para comer e mais ainda e a segurança que a sobrevivência dos nossos filhos é garantida.

Mas isso se deve inteiramente aos esforços dos Pioneiros de Maio, numerosos demais para colocar aqui nomes, por medo de excluir alguns e isso seria uma injustiça.

Injusto também seria esquecer os esforços destes heróis da humanidade e lembrarmos que ainda em alguns países, há condições de vida e de trabalho deploráveis – e, se formos ver com cuidado, as forças reaccionárias estão presentes até nos países que já gozam de condições dignos de trabalho e estão à espera, estão prontos para fazer marchar atrás o relógio e se dermos a eles a hipótese, lá instalariam as mesmas condições que existiam há um século atrás.

O monetarismo e liberalismo capitalista são a face visível destas forças reaccionárias. Onde marcham esses ideais é semeado o caos social. Basta ver os três milhões de desempregados crónicos deixados pelo regime de Thatcher no Reino Unido para ver um exemplo clássico do grande falhanço deste sistema.

O modelo exclui qualquer preocupação social, enquanto foca de forma aberrante na linha de fundo das contas e qualquer componente que reduz os custos é visto como positivo. A que custo social? Leva ao caos e rompimento social. É um modelo falhado e começamos a entender que o modelo soviético afinal não era assim tão mau.

Havia emprego garantido, pensões garantidas, habitação garantida, escolaridade, educação superior e cuidados de saúde excelentes e gratuitas, um sistema de transportação pública gratuita em alguns casos e com preços simbólicos em outros, e um país com um PIB sensivelmente o dobro daquilo que é hoje.

Claro, havia erros e havia componentes a melhorar, como por exemplo reconhecer o esforço individual e permitir um sistema de escolha pessoal dentro do mecanismo colectivo. No entanto, há que reconhecer também que a União Soviética vivia com um ocidente beligerante, intrusiva e agressiva, que tudo fez para desestabilizar a União, com medo que os grandes progressos e vitórias em nome do proletariado iria destruir o mundinho confortável da elite que geria e que continua a gerir as suas sociedades.

Basta olharmos para Washington hoje, agarrado na mão dum clique de elitistas corporativos que ditam a política externa do país que afecta os quatro cantos da Terra para ver que nada mudou no ocidente e quanto mais vivemos isso, quanto mais saudades se sente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Vamos lembrar das grandes vitórias dos pioneiros de Maio e da URSS, que alcançaram todos os objectivos, trazendo paz, estabilidade e boas condições de vida para aqueles que viviam num pesadelo.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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