América Latina pode "frear" guerra, diz Chomsky

Para ele, a América Latina pode contribuir com o movimento contrário à guerra no Iraque por causa da sua posição estratégica em relação aos Estados Unidos. O norte-americano defendeu, nesta segunda-feira, uma mobilização da AL contra a guerra em uma concorrida entrevista no Fórum Social Mundial.

Segundo Chomsky, a América Latina é extremamente importante para os Estados Unidos, que estão preocupados com o que acontece aqui. “Temem que se torne uma força independente, e é por isso que estão tão preocupados com o que está acontecendo na Venezuela, Brasil e Argentina," disse. Em sua opinião a firmeza das populações do continente em afirmar sua resistência à guerra e ao que vem depois, pode se tornar um freio.

"Acho que nunca houve nada como a determinação de Bush e de Blair de ir para a guerra," afirmou Chomsky. Ele considera “impressionante” esta constatação e um momento muito incomum na história. Chomsky criticou a "demonização" dos Estados Unidos, mas alertou que o governo norte-americano vai contra o mundo quando ameaça atacar o país de Saddam Hussein.

Chomsky considera impreciso chamar o primeiro ministro inglês de “poodle de Bush”. “Blair é um cão de ataque, esse é o papel que a Grã Bretanha assumiu há muitos anos, o de ser o cão de ataque dos Estados Unidos."

Fonte de esperança

Chomsky, que participou da edição anterior do Fórum Social Mundial, condenou a idéia de tratar o encontro como um reduto de excluídos, e disse que é uma fonte de esperança enquanto o Fórum Econômico Mundial estaria definhando. "O Fórum deveria tentar criar um mundo em que a população não esteja excluída, mas que as elites que controlam o mundo sejam excluídas, de fato, eliminadas," afirmou.

Fonte: www.pt.com.br

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