Scotland Yard examina vídeo pornô envolvido "um membro da família real"

Os filmes pornô são já a parte tradicional da oferta televisiva em muitos hotéis britânicos . Mas o vídeo de conteúdo sexual, que foi exibido em um suite do hotel Edelherberge Park Lane Hilton de Londres a um presunto enviado do Palácio de Buckingham , ultrapassou a norma : os protagonistas do “sexo oral”, segundo a imprensa britânica - eram: um membro da família real e um funcionário do palácio.

O caso está sendo investigado pela Scotland Yard. O alvo da chantagem - que não pode ser identificado por razões legais - chamou a polícia depois de ser abordada por dois chantagistas em agosto.

Eles exigiram 50 mil libras (cerca de US$ 100 mil) para não divulgar um vídeo . Acredita-se que é a primeira vez em mais de cem anos que um membro da realeza é chantageado.
Os chantagistas alegavam também ter provas de que o alvo da extorsão tinha entregado a um assessor um envelope com cocaína. Eles disseram possuir um vídeo que mostraria o assessor cheirando a droga.

Dias depois da abordagem dos dois homens, a vítima fez uma denúncia à Scotland Yard. Detetives montaram uma operação secreta para surpreender os suspeitos.

Em 11 de setembro, dois homens foram presos num hotel em Londres.
Os homens acreditavam estar mostrando o filme a um funcionário da família real. Na verdade, o espectador era um detetive da unidade de seqüestro e extorsão da Scotland Yard.


A polícia divulgou um comunicado no sábado afirmando: “Dois homens, um de 30 anos e um de 40, apresentaram-se num tribunal de Westminster em 13 de setembro, acusados de extorsão.” Um juiz emitiu a ordem proibindo a identificação da vítima e das testemunhas.
A polícia confirmou que a tentativa de extorsão começou em 2 de agosto, quando um homem telefonou ao escritório do integrante da realeza, identificando-se só pelo primeiro nome.

 O suspeito disse saber que um funcionário do escritório possuía um envelope com a insígnia pessoal da vítima contendo cocaína. E afirmou ter um vídeo que mostrava o assessor fazendo sexo oral em alguém, sugerindo que se tratava do integrante da realeza. O suspeito pediu que a vítima lhe telefonasse e informasse um número de celular.

Numa chamada posterior, um dos homens disse que as gravações mostravam um assessor real cheirando cocaína. Um funcionário de segurança afirmou: “Ele disse que queria 50 mil libras do integrante da família real pela fita.” Essa fonte informou que um conselheiro legal da família real combinou com um suspeito que assistiria ao vídeo antes de entregar o dinheiro.

A essa altura, um detetive já se passava pelo funcionários da vítima. Ele entrou em contato com os suspeitos e marcou o encontro no Hilton. Partes do vídeo foram exibidas e o encontro foi filmado em segredo por detetives da Scotland Yard num quarto adjacente. Os suspeitos foram presos.

O Palácio de Buckingham não quis comentar o assunto. O funcionário de segurança disse que o vídeo também continha alegações não comprovadas sobre outros membros da família real, incluindo a rainha Elizabeth. O caso é o primeiro dos tempos modernos em que alguém da família real é vítima de chantagem. Em 1891, o futuro rei Edward VII discutiu com seu advogado sobre um pagamento a duas prostitutas que ele visitara em troca da devolução das cartas que ele lhes escrevera. Esse caso só veio à tona em 2002, quando as cartas foram leiloadas por 8.220 libras (US$ 17 mil).

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