Cristina Kirchner ganha eleições presidenciais

A senadora Cristina Fernández de Kirchner, da Frente para a Vitória, ganha as eleições presidenciais na Argentina com 43,80 % após 54,45% das mesas apuradas, informa Efe. Ela disse hoje (29) que venceu "amplamente e convocou toda a sociedade, em especial as mulheres, a aprofundar as mudanças obtidas no país pelo Governo de seu esposo, Néstor Kirchner.

"Tenho uma dupla responsabilidade, como presidente e como mulher", afirmou, diante da ovação das centenas de mulheres que a aclamaram em um hotel de Buenos Aires.

Cristina pode ser a segunda mulher a assumir a Presidência da Argentina, após María Estela Martínez de Perón, que em 1974 era primeira-dama e vice-presidente e chegou ao poder após a morte de seu marido, Juan Domingo Perón.

"Convoco minhas irmãs de gênero, donas de casa, mulheres empresárias e profissionais, operárias das fábricas, estudantes das universidades", sustentou.

"Sei que podemos desenvolver uma grande tarefa por nossas aptidões especiais, por termos sido cidadãs do privado e do público, por termos articulado o mundo da família e da militância. E por termos feito bem as duas coisas", apontou.

Após assegurar que tem a "maior honra que pode ser conferida a um cidadão", defendeu a concertação plural impulsionada por Kirchner em 2005 por considerá-la "um espaço que foi construído superando as velhas contradições, experiências de frustração e de autodestruição".

Também destacou a gestão do presidente, a quem considerou, "com seus acertos e erros", um homem "comprometido com seu país e com seu povo".

A primeira-dama, de 54 anos, insistiu em que é "necessário aprofundar as mudanças" que aconteceram no país nos últimos quatro anos e meio.

Ao término de seu discurso, Cristina foi saudada ao pé do palco pela ex-candidata socialista à Presidência da França Ségolène Royal.

Na segunda posição aparece o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, da frente centro-progressista Uma Nação Avançada (UNA), com 21,61% dos votos.

O terceiro lugar está com Elisa Carrió, da centro-esquerdista Coalizão Cívica, com 18,39% dos sufrágios, que reconeceu a derrota. 

A legislação argentina prevê que para que um candidato ganhe as eleições em primeiro turno deve obter 45% dos votos ou ter 40% mais dez pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado.

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