Primo de Saddam Hussein condenado à pena de morte

O Concelho da Presidência do Iraque condenou o primo de  Saddam Hussein, à pena de morte. Ali Hassan al-Majid, conhecido como "Ali Químico", será executado por comandar a campanha Anfal, o gendocídio no final dos anos 80 de milhares de curdos no norte do Iraque, após a aprovação hoje do Conselho da Presidência do Iraque. 

O primo de Saddam - e um de seus principais homens de confiança - nasceu em 1941 em Tikrit, na mesma cidade iraquiana onde nasceu o ex-ditador iraquiano e que depois daria nome ao clã familiar que professou uma lealdade inquestionável ao líder enquanto este esteve no poder.
Por pertencer ao clã Tikrit, conseguiu rapidamente o cargo de ministro da Defesa, assim como sua inclusão no Conselho do Comando Revolucionário, a instância suprema de poder do antigo regime.

A feroz repressão, que só na cidade de Halabja deixou em um dia mais de 5.000 vítimas, valeu a Majid a alcunha de "Ali Químico".
Em 1990, o Iraque ocupou Kuwait e Saddam premiou Majid por sua fidelidade ao regime com o cargo de governante do Kuwait. O Governo de "Ali Químico" à frente da "19º província" do Iraque foi, no entanto, efêmero

Em fevereiro de 2001, a coalizão internacional libertou o Kuwait e Majid foi nomeado ministro do Interior.
Também teve papel fundamental na violenta repressão após a rebelião protagonizada pelos muçulmanos xiitas em 1991, o que só aumentou a lenda de que era um homem sem piedade.

A mesma atitude ficou evidente em 1996, quando não duvidou em matar dois sobrinhos, casados com duas filhas de Saddam e que tinham deixado o país no ano anterior.

Em 1997, ganhou a direção dos temidos serviços secretos iraquianos e do partido governamental Baath no centro e no sul do país, onde simbolizou como ninguém a repressão do regime, reprimindo qualquer vestígio de revolta.

Nos meses anteriores à invasão americana que, em abril de 2003, derrubou Saddam do poder, dirigiu as operações do Exército no sul do país e realizou uma viagem por várias capitais árabes em busca de apoio.

Grupos de defesa dos direitos humanos pediram na época que fosse detido por crimes de guerra, mas "Ali Químico" desapareceu quando começou a disputa segundo EFE.

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