O efeito Bush

A eleição do político de linha dura Ahmadineyad como presidente do Irã (com 62% dos votos) mostra que as guerras de Bush podem producir resultados contrários.

O Irã, desde a revolução de 1979, tem o principal regime adversário dos Estados Unidos e Israel no mundo muçulmano. Por isso, entre 1980 e 1988 o Ocidente encorajou Saddam Hussein a invadi-los. Ao ocupar o Afeganistão e o Iraque, Bush quis 'atemorizar' o Irã (que localiza-se no meio de ambos países) e obrigá-lo a se distanciar do Hezbola (Líbano), Hamas (Palestina), Síria e Venezuela. O ocidente - que apóia a ala 'moderada' do regime nacionalista, buscando que ela apazigúe a política exterior e 'liberalize' a economia do Irã - sustenta as 'reformas' de Khatami (presidente de 1997-2005) frente à 'intransigencia' do líder supremo e revolucionário (Jameini) e queria que o favorito Rafyansani ganhasse a presidência.

Entretanto, o intervencionismo norte-americano está gerando um efeito inverso: no Irã, venceu com larga vantagem o candidato mais anti-ocidental e no Iraque crescem os bombardeios e a 'resistência'. Prof. Dr. Isaac BIGIO

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