Artesanato brasileiro no Fórum Social Mundial na Tunísia

Artesanato brasileiro no Fórum Social Mundial na Tunísia

Artesanato: com a Economia Solidária estima-se mais 9 milhões de homens e mulheres vivendo da atividade no Brasil. O Prefeito de Porto Alegre José Fortunati no dia 19 recebeu a equipe que integra a delegação brasileira que vai a Tunis, Tunísia em março 2015.

Por Sérgio de Freitas Silva - Cooperativa dos Artesãos do RS (COOPARIGS)

O artesanato se consolida cada vez mais  como uma das principais atividades de cunho cultural como trabalho no contexto da  economia solidária,  tem sido um estimulo para as formas de organização profissional e social, que são as cooperativas, associações e sindicatos, um instrumento de construção de políticas publicas de relevância mundial, fomentando o trabalho qualificado, a preservação das técnicas tradicionais, as formas de produção coletiva, prestação de serviços, a formação de redes de comunicação  dos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, America latina e no Mundo .

O artesanato como atividade  sempre foi reconhecido pela sua importância como processo embrionário da pré industria, atualmente é uma proposta sistêmica social, cultural e econômica  que abrange a produção, distribuição, consumo, finanças, formação capacitação, tecnologia, entre outros. Tendo como centro a valorização do ser humano como individuo e coletivo social, defendendo os direitos das mulheres dos  trabalhadores e a preocupação com o meio ambiente.

O desafio da afirmação desta experiência dando maior evidencia no formato de eventos de Economia Solidária,  foi  no FSM 2002 no espaço da PUC-RS Porto Alegre RS Brasil, ano em que se consagrou como  proposta e os acúmulos que seguiram para os próximos Fóruns Sociais.

 Os resultados foram os avançou em Políticas Públicas, programas e legislações especificas  municipais, estaduais e a criação de uma Secretaria Nacionais de Economia solidaria no Brasil.                  

As oficinas de atividades artesanais e as realizações de exposições é uma forma de mostrar o resultado como produto final desta tese de auto sustentabilidade. 

O  desafio dos artesãos é desmistificar os paradigmas da utopia e com muito orgulho poder estar numa delegação brasileira dialogando e socializando na Tunis Tunía em 24 a28 de março de 2015 juntamente com representantes dos mais diversos setores dos movimentos sociais, organizações civis, sindicais e governamentais na busca do sonho de construir um outro mundo possível com justiça social.  

O Fórum Social Mundial tem sido o palco de muitas das conquistas que temos atualmente, pois foi no FSM 2001 quando se pronunciou pela primeira vez os termos Economia Solidária e já em 2002 levantamos essa bandeira através da Atividade Artesanal  onde a Coopariqs Cooperativa Artesãos iniciou a mobilização juntamente com varias outras organizações sociais puxando o debate, construindo um dos mais representativos seminários, oficinas interativas e criado o maior espaço de exposição e mostra do produto final de nosso discurso. Hoje é uma pratica nos territórios dos FSM em todo o mundo.

No Brasil a partir do Governo Lula que em sua campanha visitou o FSM na PUC-RS em Porto Alegre-RS, se consagra a proposta de criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, seguindo posteriormente no Rio Grande do Sul no período do Governo Tarso Genro e também muitas prefeituras seguiram o exemplo.

Fórum onde todas as culturas se encontram, onde se dialoga democraticamente e as propostas avançam na construção de num outro mundo possível.

A nossa luta de afirmar da importância da atividade artesanal como profissão qualificada e auto sustentável vem do primeiro Congresso Nacional dos Trabalhadores Artesãos e Artesãs do Brasil em junho de 1991 em Porto Alegre-RS na Usina do Gasômetro.

O desenvolvimento de uma consciência mais profissional nasce neste período, uma nova época onde acreditamos ser esse o formato  como ferramenta de avanços na construção de propostas e de projetos de políticas publicas para todos e para todas.  Nesta caminhada nos credencia atualmente para estarmos juntos das principais organizações e movimentos sociais que dialogam o FSM brasileiro colaborando e socializando experiências em Porto Alegre-RS desde 2002 e no Fórum Social Mundial Bio diversidade em janeiro de 2015 em Manaus Amazonas e também fora do Brasil compondo uma das maiores delegações rumo a Tunis Tunísia ao Norte da África de 24 a 28 de março de 2015.

(1) 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores Artesãos do Brasil, 1991, Porto Alegre (RS) conceitua:

Artesão é: O profissional que detém o conhecimento do processo produtivo, sendo capaz de transformar a matéria-prima, criando ou produzindo obras que tenham uma dimensão cultural, exercendo uma atividade predominantemente manual principalmente na fase de formação do produto, podendo contar com auxilio de equipamentos, desde que não sejam automáticos ou duplicadores de peças.

Artesanato é: Conjunto de objetos utilitários e decorativos para o cotidiano do homem, produzidos de maneira independente, usando matéria-prima em estado natural e/ou processados industrialmente. Mesmo que as obras sejam criadas com instrumentos e maquinas, a destreza manual do homem é imprescindível e fundamental para imprimir ao objeto uma característica que reflita a personalidade do artesão e a relação reciprocamente modificadora com o contexto sociocultural que emerge.

(2) LEI Nº 12.634, DE 14 DE MAIO DE 2012, DOU de 15/05/2012 (nº 93, Seção 1, pág. 1). Institui o Dia Nacional do Artesão. Art. 1º - É instituído o dia 19 de março como o Dia Nacional do Artesão. Brasília, 14 de maio de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

 

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