Donald o Torturador Rumsfeld

Haverá profundezas suficiente profundas para o regime de Bush cair, ou será que o choque e pavor da sua política de ganhar corações e mentes enquanto espalha a liberdade e a democracia pelo mundo fora continuará a cair cada vez mais com cada dia que passa, com novas revelações sobre mais mentiras, mais assassínios, mais actos de tortura, mais pormenores duma Casa Branca governada por aqueles que andam com Satanás?

Do acordo com o regime de Bush, retirar as roupas, todas as roupas, de prisioneiros indefesas, fazer-lhes a barba, sufocá-los e atacá-los com cães não é tortura, nem sequer é deprivação de sono ou interrogação contínua. Estes actos são simplesmente “técnicas agressivas de interrogação”.

Contudo, de acordo com a Convenção de Genebra, que o regime de Bush quebrou em várias ocasiões, juntamente com inúmeros outros tratados, o regime de Bush em geral e Donald Rumsfeld em especial, são culpados de crimes de guerra.

A Convenção de Genebra relativamente ao Tratamento de Prisioneiros de Guerra, parte 1, Artigo 3.1, condena: “(a) Violência contra a vida e pessoas, em especial todos os actos de assassínio, (b) mutilação, tratamento cruel e tortura; e (c) Ultrajes contra a dignidade pessoal, em especial humilhação e tratamento degradante”.

De acordo com documentos secretos tornados públicos por uma Casa Branca cada vez mais em pânico, o Secretário de Defesa dos EUA Donald Rumsfeld assinou portarias que estabeleceram linhas-guia para o tratamento de prisioneiros de guerra detidos em Guantanamo Bay, Cuba, que são curiosamente copiados nas horríficas cenas de tortura perpetrados por guardas norte-americanos na prisão de Abu Ghraib, Bagdade.

Embora a Casa Branca negue que Rumsfeld deu seu aval a actos de tortura, uma examinação da documentação providencia uma leitura do tipo que seria esperado numa jornada dum guarda prisional medieval com forte psicopatologia ou dum diário escrito por Himmler ou Mengele, ou por um doente mental que é julgado ser uma ameaça à segurança para a sociedade.

As provisões dos documentos assinados por Runsfeld entrarem em vigor em Dezembro de 2002. Estes documentos estabeleceram as linhas-guia que permitiram aos guardas norte-americanos despirem seus prisioneiros, esforçá-los a assumir “posições de estresse” (sodomia), atacá-los com cães, esforçá-los a estarem em pé durante longas horas, retê-los na escuridão, interrogá-los agressivamente durante 20 horas sem parar, fazer-lhes a barba sem permissão, practicar “ajustamento de sono” (privar o prisioneiro de sono) “alterar o dieta dum detido” (urinar na comida? Esforçar um muçulmano a comer carne de porco?) e “a borda de água”, uma prática de utilizar toalhas molhadas, colocadas a volta da cara do detido, simulando um sentimento de sufocação.

Donald Rumsfeld pode não considerar que tais actos constituam a tortura. O regime de Bush pode não considerar que tais acções constituam actos de tortura. Contudo a Convenção de Genebra classifica-os como tortura e a opinião pública mundial também, que está inteira e unanimamente contra este regime maldoso que é responsavel pela morte de pelo menos treze mil pessoas inocentes, que é responsavel pela mutilação de dezenas de milhares de civis, que é responsavel por deitar bombas de fragmentação em áreas residenciais, de chacinar crianças, de colocar a vida humana em risco, de destruir infra-estruturas civis com armamento militar de precisão, para depois adjudicar os contratos sem consurso, que é responsavel por deixar largos tractos de território com elevados e perigosos níveis de radiação, de imprisionamento ilegal, de actos de tortura. A lista continua, e continua e continua.

Há um défice humanitário enorme neste regime, que o povo norte-americano pode rectificar no acto democrático em Novembro, fechando a enormíssima e crescente brecha entre Washington e a comunidade internacional e trazendo os Estados Unidos da América outra vez para dentro dos corações e mentes do resto da Hiumanidade. Mas sem Bush.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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