As “outras opções” da Rice

Condoleeza Rice, a Secretária de Estado dos EUA, fez uma ameaça pouca vedada contra a RDP Coreia, afirmando que esta República encara “outras opções” se não cooperar em conversações sobre seus planos nucleares.

Serão quais, estas “outras opções”?

Todos nós lembramos da inteligência magnífica apresentada por Colin Powell ao Conselho de Segurança da ONU e suas fotografias tiradas por satélite das Armas de Destruição Massiva do Iraque, quando mentiu entre os dentes apresentando mentiras como provas firmes, formando o casus belli que se transformou no acto de chacina de Washington contra os civis iraquianos.

Nessas “opções” apareceria mais uma invasão? Mais um acto de chacina em grande escala, mais assassínio, mais actos de sodomia, mais inocentes esforçados a chuparem os pénis uns dos outros, enquanto um soldado feminino nojento e covarde tire fotografias? Mais actos de tortura, mais provação de sono, mais alterações à dieta?

Mais actos de choque e pavor, vencendo corações e mentes por semear liberdade e democracia, obliterando casas, assassinando famílias e mutilando crianças? Rebentar os braços e pernas de indefesas crianças coreanas talvez?

Talvez não, já que nem o Afeganistão e muito menos o Iraque estão dominados e quando um número significativo de efectivos militares norte-americanos chegam à casa em sacos pretos ou então “desaparecem” misteriosamente, para não aumentar os números.

A atitude agressiva e anti-democrática seguida pelo regime de Bush e continuado no Departamento de Estado de Condoleeza Rice produziram uma reacção esperada de Pyongyang, que reiterou o compromisso da RDP Coreia à paz e relações de amizade com a comunidade internacional e que reclamou contra a extrema beligerância de Washington contra Pyongyang.

Mais, o Ministério das Relações Exteriores da RDP Coreia declarou que “É totalmente ilógico os EUA argumentarem acerca da possibilidade de prosseguir com as conversações a seis nações enquanto declara que quer destituir o governo da RDPC” e acrescenta que “Não é só natural mas também uma questão de orgulho, desenvolver armas nucleares para a nossa auto-defesa quando os EUA ameaça com um ataque precoce e se gaba de ter a predominação nuclear”.

A questão então não é a posição de Pyongyang mas sim, de Washington.

Condoleeza Rice também levantou a questão dos direitos humanos com a República Popular da china, dando razão à noção que ela é a figura mais absurda a liderar a diplomacia de Washington de todos os tempos. Como é que essa...senhora... pode falar dos direitos humanos quando seu paós comete actos institucionalizados de tortura, quando chacina dezenas de milhares de civis em guerras ilegais?

Talvez a próxima vez ela deveria olhar para aquelas fotografias nojentas e pervertidas onde se vê pessoal militar a cometerem actos de sodomia e depravação sexual dum nível que nem se vê num manicómio, antes de falar de direitos humanos.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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