A Semana Revista

SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI

Uma ponte entre os tempos? Joseph Ratzinger torna-se o Papa Bento XVI, o oitavo Papa alemão na história da igreja. Seus ideais conservadores fazem dele o representante máximo da ala tradicional da Igreja, mantendo a linha seguida pelo Papa João Paulo II, que aconselhou durante mais que duas décadas.

Joseph Ratzinger torna-se o Papa Bento XVI, o oitavo Papa alemão na história da igreja. Seus ideais conservadores fazem dele o representante máximo da ala tradicional da Igreja, mantendo a linha seguida pelo Papa João Paulo II, que aconselhou durante mais que duas décadas.

Nasceu na Bavária, Alemanha, em 16 de Abril de 1927 e seus primeiros anos foram afectados pela Segunda Guerra Mundial. Foi esforçado a juntar-se à Juventude Hitleriana em 1941 e estudou no Seminário de Traunstein, mas seus estudos foram parcialmente interrompidos quando foi obrigado a ingressar no Wehrmacht numa unidade anti-aérea, estudando três dias por semana. Perto do final da guerra, desertou do exército e foi prisioneiro de guerra durante pouco tempo.

Continuando seus estudos, entrou no Instituto teológico Herzogliches Georgianum em 1947, sendo ordenado Padre juntamente com seu irmão Georg no dia 29 de Junho de 1951. Dois anos depois, defendeu seu doutoramento de teologia.

Na vida académica, tornou-se Professor de Teologia Fundamental em Bona em 1959 e em 1966, foi nomeado Professor de Teologia Dogmática na Universidade de Tubingen. Três anos mais tarde, transferiu-se para a Universidade de Regensburgo, onde ascendeu a Decano e Vice-Presidente.

Entre 1962 e 1965, foi conselheiro teológico principal a Cardeal Frings de Colónia no Segundo Concelho do Vaticano, onde teve a oportunidade de conhecer Karol Wojtyla. Em 1977 tornou-se Arcebispo de Munich e dentro dum mês, o Papa Paulo VI consagrou-o Cardeal.

Em 1980, o Papa João Paulo II nomeou-o Presidente do Sínodo dos Leigos. No ano seguinte, aceitou a posição no Vaticano como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ganhando fama como intelectual com ideias claras sobre as posições que a Igreja deveria assumir, tomando uma posição contra a Teologia da Libertação da América Latina, que defendeu uma relação mais estreita entre a Igreja e o activismo social, ficando mais próxima das causas humanitárias.

Foi o porta-voz do Vaticano contra a homossexualidade e o casamentos entre pessoas do mesmo sexo, pronunciando-se contra essas práticas em 1986 e ao longo dos anos, proferiu opiniões claras contra outras religiões cristãs e não-cristãs. Sua defesa do documento Dominus Iesus em 2000, que declarou que o Anglicanismo e religiões protestantes eram deficientes e sua afirmação que a “espiritualidade auto-erótica” de Budismo, Hinduísmo e outras religiões orientais criava falsas esperanças, criaram um clima de ultraje.

Em 2002, tornou-se decano do Colégio dos Cardeais, presidindo sobre o funeral do Papa João Paulo II. Hoje, os 115 Cardeais na Capela Sistina elegeram-no o 265º Papa da Igreja Católica Romana.

A escolha de Joseph Ratzinger não irá agradar a todos os membros da Igreja. É a continuação da hegemonia do Velho Continente na Velha Igreja e não toma em conta as ideias mais liberais da ala política mais à esquerda da Igreja Católica, nem é bom presságio para a continuação do processo de diálogo entre as religiões, se como o Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger adopta uma atitude de gerir “de cima para baixo”.

Ou seja que aos 78 anos de idade, o Papa Bento XVI é uma ponte entre os tempos, enquanto a Igreja Velha se transforma na Nova, durante um processo profundo de discussão e diálogo a todos os níveis enquanto um modelo mais democrático e representativo das tendências mundiais em termos sociais e demográficos, se forma?

135 aniversário de Lenin

Este evento foi assinalado por um desfile de muitos centenas de manifestantes do KPRF (Partido Comunista da Federação Russa) e por uma atitude de sensatez das autoridades, que abriram o mausoléu para os manifestantes prestarem homenagem ao fundador da União Soviética.

Muitas centenas de pessoas vieram hoje à Praça Vermelha para lembrar e celebrar o 135º aniversário do defensor do proletariado mundial, Vladimir Ilyitch Ulyanov (Lenin). Membros do KPRF foram liderados pelo líder do Partido, Gennady Zyuganov.

Os manifestantes depositaram guirlandas de flores no túmulo do primeiro líder da URSS, no meio de muitos retratos, bandeiras soviéticas e uma equipa de Pioneiros. O túmulo foi aberto hoje especialmente para que os manifestantes pudessem prestar os seus respeitos (normalmente se fecha nas sextas-feiras).

“A era soviética era a maior, mais forte, mais digna e mais honesta de todas”, disse Zyuganov.

Outros partidos da esquerda também participaram mas não juntamente com o KPRF. Os líderes e apoiantes do Partido Comunista de Toda a Rússia para o Futuro e Rússia Operária estiveram presentes na Praça Vermelha.

Como vai a economia russa? Bem

A economia russa demonstra uma taxa de crescimento constante e estável ROSSTAT, o Serviço Federal de Estatística do Estado, divulgou esta semana seu relatório para Abril. Nesse relatório, foi revelado que os investimentos fixos na Rússia em Março aumentaram por 8% relativamente ao ano passado.

Durante o primeiro trimestre de 2005, a taxa de investimento aumentou por 13,1% relativamente ao mesmo período de 2004.

Nos primeiros dois meses de 2005, o balanço comercial da Federação Russa aumentou 33,3% comparado com o mesmo período de 2004, enquanto as exportações aumentaram por 38,3%.

O superavit do balanço comercial da Federação Russa em Janeiro e Fevereiro de 2005 foi de 17,503 bilhões de USD.

MANIFESTAÇÃO EM TIMOR LESTE

Protesto contra regime anti-democrático de Alkatiri. Xanana deixa resolução do problema ao governo

O Bispo de Díli foi peremptório na sua defesa dos manifestantes presos pelas autoridades, na sequência duma manifestação popular contra o regime anti-democrático de Mari Alkatiri.

Dom Alberto Ricardo acusa o Primeiro-ministro de Timor Leste de ser responsável pelas detenções ilegais de pessoas que queriam exercer seu direito de se manifestarem, chamando-o “um ataque aos direitos humanos”, acrescentando que o acto “viola a Constituição”.

Nesta semana, alguns milhares de manifestantes estão concentrados perto do Palácio do Governo.

O ambiente é calmo, quase todos os manifestantes têm terços nas mãos e rezam a Ave Maria. “Estamos aqui para dizer NÂO à repressão deste governo e ao espírito anti-democrático de Alkatiri”, disse à PRAVDA.Ru Domingos Abílio, um dos manifestantes, com cujas declarações todos à sua volta concordaram.

Padre Domingos Soares, porta-voz do Episcopado em Timor Leste, declarou à imprensa que a manifestação está para ficar e não irá dispersar até que sejam encontradas soluções para o futuro do país.

"Estamos aqui, não só a igreja católica, que está a acompanhar o povo, mas os representantes da igreja protestante”, declarou, acrescentando que esperam delegações da população de todo o país, incluindo da comunidade islâmica.

Sem dúvida existe uma grande expectativa a volta desta manifestação, pois PRAVDA.Ru soube que foi programado há bastante tempo, pois umas dezenas de milhares de camisolas foram encomendadas para distribuir entre a multidão.

Mas algo mais sinistro começa a surgir: panfletos entre a multidão que citam fontes da embaixada norte-americana, que exprime a posição de Washington em defesa dos manifestantes. Será que Washington financiou a distribuição grátis de centenas de milhares de T-shirts? E sendo a verdade, o quê é que Washington tem a ver com os assuntos internos de Timor Leste?

Ai desculpem, tinha-me esquecido…ouro negro, pois.

SITE INTERESSANTE PARA HISTORIADORES

Novo site dedicado à celebração da vitória na Grande Guerra Patriótica

O dia 9 de Maio marca a celebração do 60º aniversário de vitória na Segunda Guerra Mundial.

O Kremlin disponibiliza o site

http://www.may9.ru/

Tem versões em inglês e russo e muitos textos sobre a grande Guerra Patriótica.

O PODER DA PALAVRA

Quando uma palavra pinta um quadro

Um belo exemplo do poder da imprensa e da palavra é providenciado em Portugal, onde alguns diários com mais circulação ganharam o hábito de referir aos imigrantes com termos xenófobos, pintando quadros negros e propagando uma imagem negativa que nem é digno das normas deontológicas do jornalismo nem vai de mãos dadas com a famosa hospitalidade dos portugueses.

Um belo exemplo do poder da imprensa e da palavra é providenciado em Portugal, onde alguns diários com mais circulação ganharam o hábito de referir aos imigrantes com termos xenófobos, pintando quadros negros e propagando uma imagem negativa que nem é digno das normas deontológicas do jornalismo nem vai de mãos dadas com a famosa hospitalidade dos portugueses.

Na sequência da manifestação da Plataforma das Associações dos Imigrantes em 20 de Março, quando se reuniram várias associações representativas para reclamar contra um sistema que cria uma espécie de escravatura para alguns dos cidadãos, têm aumentado em flecha as referências às origens de delinquentes ou perpetradores de crimes sempre que não são portugueses e mais recentemente, vinha o título num jornal de referência em Portugal, que os imigrantes aumentam a mendicidade infantil.

Mas não será por causa da política de imigração existente em Portugal, que essas crianças são excluídas do sistema educativo? Ou por causa desta política que os pais têm medo de perguntar a alguém quais os seus direitos por receio de serem expulsos? Ou mesmo que tentassem saber, todos nós sabemos como funcionam as coisas em Portugal relativamente à prestação de serviços: três semanas para instalar uma linha de telefone, um mês para ter um serviço de Internet, e por aí fora. Vamos testar o sistema, imaginando que somos pais ilegais procurando informações para nos guiar.

Um telefonema ao número do Gabinete da Secretaria do Estado da Administração Educativa, o primeiro número que aparece na lista, resulta em 23 toques sem resposta antes da chamada cair. Outra chamada à Secretaria Geral, o segundo número na lista, resulta em dez toques, depois uma linda voz a dar as boas-vindas ao Voice Mail, para a seguir declarar que não pode receber mensagens por Voice Mail por ser uma linha gratuita, agradecer a chamada e depois…cai a ligação.

Uma espécie eletrónica de mandar uma bujarda na cara, insultar minha mãe e desligar.

Voltando ao assunto em foco… por quê é que esses “jornais” da imprensa “livre” referem a origem do criminoso quando é imigrante e não quando é português? Não se lê “Mulher de origem portuguesa assassina filha, esquarteja-a e a enterra na Espanha”. Se fosse cabo-verdiana, imaginem!

Baste ser meio português, meio estrangeiro, para ser rotulado como “luso-brasileiro” se cometer um crime mas se ganhar um prémio internacional de publicidade, nem se menciona a parte brasileira. É cá dos nossos, como a bagaceira.

Falando em bagaço, este tipo de reportagem cria um clima de xenofobismo que não é português, que vai contra o bom trabalho por muitos portugueses que sentem os problemas dos imigrantes e tentam resolvê-los, contra a grande vontade de tanta gente que dão seu tempo gratuitamente, trabalhando em organizações voluntárias para ajudar os menos protegidos.

Mais grave, demonstra o pior que há em Portugal, nomeadamente a existência de meia dúzia de cagões cuja pequenez em termos de pensamento e estupidez intelectual, aliado a um índice cultural de menos seis, é tão baixo em termos de valores humanos que chega a contaminar o muito que há de bom neste país.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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