Colômbia: A esperança é o diálogo e não o ódio

Colômbia: A esperança é o diálogo e não o ódio

A militância fariana ganhamos uma vitória contra a morte e pela vida: o processo de paz. Por isso pedimos sua defesa, por isso trabalhamos e exigimos a implementação integral dos acordos de paz pactuados em Havana, que é uma opção de vida. Quantos estamos vivos hoje graças ao processo de paz? Milhares de colombianos!!!

 

Autor: Rubín Morro

"Senhor presidente, brindemos una nova oportunidade à paz completa"

Devido ao horrível atentado com explosivos contra a Escola de Polícia General Santander na cidade de Bogotá na manhã de 17 de janeiro às 09:32 horas, o Conselho Político Nacional da Força Alternativa Revolucionária do Comum-FARC elaborou um comunicado rechaçando este grave atentado e expressando nossa solidariedade com os familiares dos mortos e dos feridos. Também se fez um chamado a consolidar a paz completa e buscar o diálogo, declaração que nossa militância também aprovou contundentemente.

Nós, os farianos, sabemos o que é e o que foi a guerra, sabemos com conhecimento de causa o que é um ataque com explosivos, como são as feridas e como é a morte, porém ademais as sequelas psicológicas que perduram para a posteridade. Por isso não queremos mais guerra, não queremos mais dor, mais pranto dos familiares e mais jovens enterrados pela ação miserável da guerra.

A militância fariana ganhamos uma vitória contra a morte e pela vida: o processo de paz. Por isso pedimos sua defesa, por isso trabalhamos e exigimos a implementação integral dos acordos de paz pactuados em Havana, que é uma opção de vida. Quantos estamos vivos hoje graças ao processo de paz? Milhares de colombianos!!!

Por isso nos dói como colombianos que o presidente Iván Duque tenha dado por terminado o eventual diálogo com o Exército de Libertação Nacional. Cremos, os farianos, que é uma decisão precipitada que Você, senhor, deve corrigir, Você é o presidente dos colombianos e disse em sua posse "Serei o presidente que unirá aos colombianos". Porém que não o faça sobre os cadáveres dos jovens policiais e desportistas eliminados e seus familiares.

Você, senhor presidente, é o comandante-chefe das Forças Armadas e lhe assiste o dever constitucional de "Preservar a vida, honra e bens dos cidadãos" e deve demonstrá-lo é buscando caminhos de diálogo, não permita que a Colômbia volte à onda sangrenta de outra obscura guerra. A saída é o diálogo. Não utilizem os caídos no atentado para que sobre seu sangue derramado e a dor de seus familiares se crie uma cortina de fumaça dos grandes problemas que nos ocupam como é a renúncia do promotor, as investigações sobre a corrupção e o trampolim de candidatos à prefeitura de Bogotá. Não semeiem mais ódio.

Senhor presidente, brindemos uma nova oportunidade à paz completa, quem queira chegar a uns acordos de paz o primeiro compromisso é não se levantar da mesa de conversações, porque precisamente é para acabar com a guerra que se dialoga, como fez o estado com as FARC-EP, apesar de tantas tranqueiras no caminho. Vamos pela grandeza, presidente, se é que podes alcançar a honra de um verdadeiro estadista.

Tradução > Joaquim Lisboa Neto

 

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