Hoje em Bagdá vai começar o processo judicial de Saddam Hussein

O juiz que comanda o tribunal, disse que o julgamento de Saddam e de outros ex-dirigentes iraquianos deve começar hoje em Bagdá. Além do próprio ex-ditador, na audiência vão aparecer ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan, o irmão por parte do padrasto do Saddam Hussein, que antes encadeçou uma das tropas especiais, - Barzan Ibrahim Hassan al-Tikriti, ex-assistente do chefe do governo Avad Hamed al-Bandar e mais quatro funcionários do partido governador do país, Baas – Ali Dia Ali, Muhamed Azzam al-Ali, Abdalla Kazim Ruveid, Mazhar Abdalla Ruveid.

O processo judicial deve ter início com as acusações de assasinato de muçulmanos xiitas em Dujail, no norte de Bagdá, em 1982. Só este crime, sem dúvidas, vai causar a pena capital. Os que ficam mais proximo ao tribunal especial anunciam que o primeiro dia do processo vai estar dedicado a proclamação das acusações e respostas as perguntas feitas pelos representantes da defesa. Se calhar, depois desta primeira sessão o processo vai ser adiado para que não atrapalhar as eleções de Parlamento no Dezembro. A única coisa que os acusados vão fazer neste primeiro dia – é pronunciar os seus próprios nomes.

Saddam Hussein é também acusado de diversos outros crimes. Especula-se que o julgamento de Saddam pode durar meses ou talvez até anos. Advogados do ex-presidente questionam a legitimidade do tribunal para julgá-lo.

O primeiro e o único processo onde apareceio o próprio Saddam Hussien e onze de seus mais graduados assessores, aconteceu no dia 1 de Julho do ano passado. O ditador iraquiano chamado de carniceiro de Bagdá, afirmou de forma arrogante referindo-se ao seu julgamento: “isso tudo é um teatro”. Em seguida, capitalizou o sentimento nacionalista associado ao antiamericanismo, e referiu-se ao presidente Bush como criminoso. Possivelmente deve ter comovido tanto iraquianos quanto gente do mundo inteiro, inclusive brasileiros. O ex-ditador é acusado entre outros crimes contra a humanidade, dos seguintes: extermínio de dezenas de milhares de pessoas no Curdistão iraquiano durante uma campanha militar em 1988; uso de armas químicas em um ataque contra a cidade curda de Halabja (1988); morte de 5.000 membros do clã Barzani (curdo) (1963); invasão do Kuait (1990), crimes relacionados à guerra contra o Irã (1980-1988); crimes relacionados à repressão violenta do levante xiita no sul do país aos a Guerra do Golfo (1991).

Julia Rasnitsova Pravda.Ru

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