Vale Zapatero!

Com a luz verde do seu povo, que nunca estava a favor desta guerra, Zapatero fez exactamente o que tinha prometido, trazendo a Espanha firmemente dentro da mesma comunidade que Moscovo, Pequim, Paris, Berlim, Brasília e Buenos Aires, entre outros, a comunidade de nações que consideram que a ONU é o sítio devido para a gestão de crises e que aborda as relações internacionais numa base da regra da lei, discussão, debate, diálogo e não arrogância, prepotência, chantagem e assassínio.

É preciso grande coragem para assumir uma posição como aquela tomada por Zapatero, enquanto é um acto de cobardia baixar a cabeça e murmurar “Sim, senhor!” às ordens e sentenças do regime de Bush, um clique de criminosos de guerra assassinos, controlados por uma elite corporativa que gravita a volta da Casa Branca e do Pentágono.

Lembrando seu compromisso eleitoral, Zapatero declarou ontem que “Em Março de 2003, há mais que um ano, fiz um compromisso público, que repeti em Fevereiro.

Eu disse então que no evento de eu ser eleito primeiro-ministro pelos cidadãos (da Espanha) eu iria decretar o retorno dos tropas espanhóis do Iraque se a ONU não tomasse conta da situação política e militar”.

Vale Zapatero! Mais, “O governo, inspirado pelas convicções democráticas mais profundas, não quer, não pode e não irá agir contra ou em desrespeito da vontade dos espanhóis.

“É esta sua principal obrigação e seu maior empenho”.

Uma mensagem de integridade política total, uma mensagem proclamada de alta voz para o gang nojento de covardes sicofantas, lacaios que seguem à letra as demandas e sentenças de Washington, na sua tentativa de esticar os seus tentáculos a volta do globo, roubando seus recursos, utilizando a OTAN (Organização Terrorista do Atlântico Norte) como seu servo, brincando e fazendo troça dos recursos nacionais dos seus estados membros. Estima-se que o contingente espanhol de 1.300 tropas poderá voltar à Espanha dentro de poucas semanas, uma vez que o Ministro de Defesa tenha resolvido as questões logísticas. Vinte valores para José Luis Zapatero, que agora pode concentrar-se nos assuntos internos do seu país, e empregar a sua força de Defesa, com D grande, para proteger os interesses espanhóis e não lutar as guerras de Washington em terras alheias.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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