FARC excluidas da lista de organizações terroristas

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) foram eliminados pela Assembléia Nacional (parlamento) venezuelana da lista de organizações terroristas e lhes  foi concededido o estatuto de beligerante.

A proposta foi feita pelo deputado Saúl Ortega, presidente da Comissão de Política Exterior do parlamento venezuelano e contou com o aval das organizações políticas que apóiam o presidente Hugo Chávez, exceto do partido «Podemos», cujos representantes se abstiveram, segundo Lusa.

O texto do acordo, a que a Agência Lusa teve acesso, precisa que os parlamentares apóiam a proposta do presidente Hugo Chávez de «solicitar ao governo colombiano que reconheça o caráter de beligerante dos movimentos insurgentes, FARC e ELN, como sinal de vontade para dar um tratamento político que gere confiança nas futuras negociações, no caminho à paz na Colômbia».

O texto sublinha ainda que refutam «as listas unilaterais impostas pelo governo dos Estados Unidos da América, no seu caráter imperialista, e outros países colonialistas, que classificam como terroristas aos movimentos de libertação e aos Estados não subordinados ao seu domínio.»

Os parlamentares vão «acompanhar o povo irmão da Colômbia na sua aspiração de que um acordo humanitário (para a troca de guerrilheiros detidos por reféns das FARC) seja o início de futuros acordos que regularizem a guerra, que estabeleçam confiança entre as partes e posa chegar a compromissos de uma paz positiva».

Os membros do parlamento venezuelano vão ainda materializar «todas as ações e gestos que contribuam para que os fatores do conflito armado colombiano e a comunidade internacional expressem uma verdadeira vocação de paz».

A tensão entre a Venezuela e a Colômbia subiu de tom nos últimos dias na seqüência de trocas de palavras entre os dois presidentes, com Hugo Chavez acusado de promover «agressões» contra Bogotá e Álvaro Uribe classificado de instrumento do «império» norte-americano.

Criada em 1964, o ELN, com cerca de 4.000 homens, é o segundo movimento de guerrilha da Colômbia, precedido pelas FARC.

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