Berezovsky pede Habeas Corpus no STF do Brasil

A defesa do milionário russo Boris Berezovsky ajuizou Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal. Ele seria o financiador por trás do negócio que envolveu a MSI e o Sport Clube Corinthians Paulista. O relator é o ministro Celso de Mello, segundo o jornal Consultor Jurídico.

A Justiça Federal de São Paulo decretou a sua prisão junto com a de Kia Joorabchian e Nojan Bedround, que eram os administradores do fundo de investimento MSI. Nenhum dos três mora no Brasil e, por isso, só podem ser presos se pisarem no país.

Segundo denúncia do Ministério Público, existem indícios suficientes para se concluir que a parceria entre a MSI e o clube paulista foi utilizada para a lavagem de dinheiro obtido de Berezovski.

A defesa do russo alega que foi submetido a processo nulo. Ela pede o Habeas Corpus por ter sido impedida de participar do interrogatório dos demais acusados. De acordo com o pedido, a intenção é esclarecer os fatos expostos na denúncia de lavagem de capitais e formação de quadrilha.

No pedido de liminar, Berezovski pede “a suspensão do andamento do processo até o julgamento final do Habeas Corpus”. Caso seja deferido, ele quer a anulação do processo a partir dos interrogatórios dos demais acusados e a repetição dos atos com a participação de seu advogado de defesa.

Berezovski é processado na Rússia por apropriação de dinheiro público e outros crimes. Com pedido de prisão em seu país, ele vive na Inglaterra, onde recebeu asilo político.

Ex-professor de matemática, Berezovski montou um império petroleiro e de comunicação, aproveitando-se da onda de privatizações que se seguiu à queda do regime comunista na Rússia. Tido como homem de confiança do ex-presidente russo, Boris Yeltsin, caiu em desgraça com a chegada ao poder de Vladimir Putin.

Berezovski, Kia e Bedroud não compareceram ao interrogatório marcado para novembro pela Justiça Federal de São Paulo e respondem ao processo à revelia. Também são réus, mas respondem em liberdade, o ex-presidente do clube, Alberto Dualib, os ex-diretores Nesi Curi, Renato Duprat Filho e Paulo Angioni, e o advogado Alexandre Verri.

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