As duas caras da Venezuela

Ana Laura Arbesú *

Caracas (Prensa Latina) A Venezuela que constrói e entrega moradias às pessoas de menos recursos e potencializa diversos programas sociais, enfrenta atualmente uma oposição aferrada a reverter os 15 anos de Revolução Bolivariana.

Estas são as duas caras da Venezuela e as vemos todos os dias; uma é a do mundo do trabalho, que acredita na pátria que sonhamos todos, um país de bem e de paz, disse o presidente Nicolás Maduro, reunido com governadores e prefeitos.Por outro lado está a face que os grandes meios de comunicação busca mostrar, de uma Venezuela que foi pelo caminho do atalho, da emboscada, o caminho da minoria, destacou.

Desde que se iniciaram as manifestações violentas por grupos opositores, estamos denunciando suas pretensões, as de levar o país ao caos, às ruas, para impor um governo de extrema direita que acabe com os direitos institucionais, explicou.Das duas caras, insistiu, queremos a da paz, da consciência de trabalho, a que se dedica a formar valores de solidariedade coletiva, acrescentou.Todos os dias trabalhamos para continuar o sonho do falecido presidente Hugo Chávez, que é o sonho da maioria, o do avanço do nosso país, realçou.

A ponto de cumprir-se dois meses do início - em 12 de fevereiro - das primeiras manifestações da direita destinadas a desestabilizar o país, atualmente se visualiza uma nova escalada nos planos da oposição.A insistência nas conhecidas barricadas, as obstruções de vias e acessos para gerar mal-estar e desenvolver ali ações violentas se converteram agora no assédio a lugares pontuais, como a arremetida em 1 de abril contra a sede do ministério de Moradia e Habitat, edifício no qual se encontra uma creche.Duas crianças ainda presentes no local no momento da agressão foram socorridas por bombeiros e precisaram também de assistência de oxigênio.

O ministro do ramo, Ricardo Molina, repudiou os fatos e os considerou como um ato de desespero da direita que se transforma em terrorismo e rebateu outro acontecimento paralelo que se gerou nas redes sociais.Em seguida começou a circular por Twitter a imagem de uma trabalhadora da creche, que fugia do incêndio com seu pequeno filho, explicou Molina.As redes sociais expõem esta trabalhadora, mas não fugindo do fogo provocado pela agressão dos grupos de direita, senão, segundo os usuários do Twitter, dos gases lacrimogêneos que dispersavam uma manifestação, detalhou.Uma vez mais denuncio a manipulação das redes sociais sobre a situação do país, que desde o primeiro momento dos fatos começaram a tergiversar a informação, destacou.

Durante os acontecimentos, já se compartilham dúvidas e se vislumbram as primeiras hipóteses.O próprio Maduro mostrou, à Venezuela e ao mundo, fotografias de três narcotraficantes capturados, dois deles colombianos, que dirigiam manifestações violentas nos estados de Barinas e Táchira, este último fronteiriço com a Colômbia.Denunciamos esses grupos, que estão dirigindo e planificando os planos para violentar os estados de Táchira, Mérida, Zulia e Barinas, insistiu o presidente sobre a zona mais ao oeste do país, a chamada Meia Lua venezuelana.

De fato, o ministro de Relações Interiores, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez, revelou que nas investigações do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas pôde ser demonstrado a associação do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que financia as ações do Voluntad Popular, partido da direita.Nas declarações, detalhou, os detidos explicaram também que suas ações são pagas a cada semana em cinco mil bolívares (793 dólares).

Convertem-nos em mercenários, destacou Rodríguez.Enquanto isso, o governo liderado por Maduro trabalha pela continuidade do projeto bolivariano.Centenas de venezuelanos recebem a cada semana suas novas casas como parte do programa habitacional do país, que já beneficiou 556 mil famílias, segundo cifras oficiais.Simultaneamente, trabalha-se no governo de rua, o modelo de administração presidencial que chega às comunidades para conhecer de perto a situação de cada lugar.

Além disso, inauguram-se novas plantas produtivas e são aprovados recursos para projetos de viabilidade agrícola e rural em diferentes estados do país, bem como outros destinados ao desenvolvimento das regiões, entre os mais recentes destinados a elevar a produtividade do país e atingir a soberania alimentar.Também, segundo anunciou o presidente, durante o mês de abril serão entregues mais de 600 obras em todo o país. Abril de inaugurações, temos que entregar ao povo as obras pendentes, pediu ao gabinete ministerial. 

*Correspondente da Prensa Latina na Venezuela. 
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&cod=13492

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