Aminetu Haidar galardoada

Aminetu Haidar galardoada com o “Prémio Internacional Jovellanos - Resistência e Liberdade”

A activista saharaui Aminetu Haidar foi galardoada com o prémio internacional Jovellanos “Resistência e Liberdade”, atribuído pela primeira vez pelos governos das Astúrias e das Ilhas Baleares, pela tenacidade com que soube dar testemunho “dos princípios que suportam o exercício da liberdade”.

O júri, presidido pelo Prémio Nobel da Literatura José Saramago, destacou o valor com que Aminetu Haidar protagonizou a greve de fome no Aeroporto de Lanzarote para exigir o seu regresso ao Sahara após ter-lhe sido retirado o seu passaporte marroquino, resistindo “às pressões contra a sua legítima vontade pessoal”.

Para além de Saramago, o júri era composto pela escritora norte-americana Barbara Prost Solomon, que participou através de vídeo-conferência na reunião magna que presidiu à escolha da premiada, pelo ex-director da UNESCO e presidente da Fundación para una Cultura de la Paz, Federico Mayor Zaragoza; Pedro de Silva Cienfuegos-Jovellanos, advogado, escritor e antigo Presidente do Principado de Astúrias; Basilio Baltasar Cifre, editor e jornalista e actual presidente da Fundación Santillana e Carlos Castresana Fernández, juiz do Supremo Tribunal de Justiça.

Para Carlos Castresana, o prémio distingue “o gesto de valentia” de Haidar pela sua decisão de exercer “um direito que cabe a todo o ser humano mesmo sabendo que isso implica um sacrifício”.

Para o ex-presidente do Principado e descendente de Gaspar Melchor de Jovellanos, Pedro de Silva, o objectivo do júri incidiu no reconhecimento do mérito daquelas pessoas ”que quando exercem a defesa de um direito são inamovíveis e nada nem ninguém as consegue derrubar”.

“Depois passam-se coisas, surgem pressões e, inclusive, podem chegar a morrer, mas optam por não se desviar da defesa do exercício dos seus direitos com independência da causa que as levou à sua atitude e se convertem em heróis mesmo sem o querer ser”, acrescentou aquele membro do júri.

Para Pedro de Silva Cienfuegos-Jovellanos, nessa “expressão última de liberdade” existe uma “exemplaridade” que, por vezes, pode não ser entendida pelo conjunto da opinião pública, mas que traduz uma defesa “da liberdade de todos”.

Ao acto de leitura da acta do júri, que concedeu por unanimidade o prémio a Aminetu Haidar, assistiram para além dos responsáveis da Cultura e Educação dos governos de Astúrias e Baleares, Mercedes Álvarez e Bartolomeu Linàs, respectivamente, também o presidente do Principado asturiano, Vicente Álvarez Areces.

Vicente Álvarez Areces sublinhou que o prémio, a entregar a Aminetu Haidar no próximo dia 5 de Abril em Maiorca e que homenageia a memória do ilustre escritor e político de Gijón, Gaspar Melchor de Jovellanos (1744-1811), foi instituído como reconhecimento aos valores cívicos das pessoas que, em qualquer parte do mundo, demonstrem o seu compromisso na defesa dos direitos humanos.

Notícia SPS

Divulgada pela Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental

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