Filho de Tigre sai Pintado

É bom recordar quem é o Presidente. Seu passado corresponde ao de um homem comprometido com o narcotráfico e a delinqüência. Seu pai ALBERTO URIBE SIERRA, esteve unido à família Ochoa, fundadora junto com Pablo Escobar do Cartel de Medellín. Como os narcotraficantes se meteram à estrutura e instituições do Estado, então o filho de Alberto Uribe (Álvaro Uribe Vélez) foi nomeado Prefeito de Medellín. Recordemos que nessa época o Prefeito era escolhido pelo Governador. Durante sua Administração, favoreceu a todos os narcotraficantes que nesse então se relacionavam com renomados políticos que acudiam a eles para que lhes financiassem campanhas eleitorais, desde uma Câmara Municipal até a Presidência da República.

Os narcotraficantes procuravam financiar programas sociais que lhes dessem um caráter de Mecenas, assim foi como Pablo Escobar, construiu mil casas humildes para entregá-las aos catadores de lixo.

Isto o fez conhecido no mundo como o Robin Hood da Coca.

O narcotráfico se fez muito famoso e imprescindível para a maioria de políticos. Uribe foi designado em 1980 DIRETOR DA AERONAUTICA CIVIL, cargo que desempenhou até 1982. Desde aí outorgou licença a muitos pilotos do narcotráfico, colocou a César Villegas como subdiretor, quem foi condenado depois a cinco anos de cárcere, por receber vários milhões de dólares para a campanha de Samper Presidente e que depois, em 4 de março do 2002 foi assassinado em Bogotá. Isso se chama queima de arquivo.

Posteriormente, foi eleito Governador do Departamento de Antioquia. Durante o Governo de Ernesto Samper de 1994 a 1998 com Horacio Serpa, Ministro do Interior, e Fernando Botero, Ministro de Defesa, legalizou o paramilitarismo por meio do Decreto 356/940 chamando-o pomposamente COOPERATIVAS CONVIVER, atribuindo-lhes o caráter de serviços especiais, de Vigilância e “Segurança”, como redes de apoio aos militares para exterminar aos opositores ao Regime dirigente, com o conto de combater a insurgência revolucionária. Foi esta sua primeira tentativa conseguida para dar-lhe status legal aos paramilitares.

Jorge Visbal Martelo, Presidente de FEDEGAN no mesmo período, recebeu esta instrução e com alvoroço, instou a conformar as CONVIVER em todo o país e fez um chamado às transnacionais petroleiras a criar suas próprias CONVIVER.

Hoje as petroleiras têm seu próprio exército mercenário, composto por oficiais e soldados Norte-americanos. O 3 de agosto de 1998, o jornal o País de Cali, publicou: “Representantes de mais de 200 Cooperativas de Seguridade Privadas anunciaram que se armarão e se unirão ao movimento paramilitar, chamado por eles mesmos Auto Defesas Unidas de Colômbia, -AUC-. O movimento foi formado em 1996 por mais de 16 agrupações paramilitares de todo o país e estão lideradas por Carlos Castanho, chefe da principal organização de extrema direita do país...”

Sua campanha presidencial a fez com a promessa de organizar um milhão de informantes ou sapos, com cem mil soldados camponeses, a maioria, paramilitares legalizados. Santa Fé de Realito é o cumprimento ao pé da letra de seu compromisso, para isso tem o 35% do Congresso que responde aos paramilitares e os meios de comunicação que não cessam de sobre-dimencionar tudo o que faz e deixa de fazer seu Presidente Uribe.

Por trás de todo isto, está o Pentágono, a CIA, o governo ianque e a para-oligarquia mafiosa colombiana.

Tudo isto o conhecem jornalistas, colunistas, políticos, sacerdotes, bispos, indígenas, donos dos jornais, estudantes, os trabalhadores que têm visto tombar assassinados seus dirigentes. Os sobreviventes dos partidos que foram aniquilados, também.

Agora nos vêm com o conto peregrino de que se está estendendo o paramilitarismo em Colômbia. Como não se vai tem estender, se o Presidente Álvaro Uribe Vélez, é seu Chefe?

Não podemos esquecer: Uribe é um narcoparamilitar e fará o possível e o impossível para dar cobertura jurídica e política a suas esbirros e desta forma assegurar sua reeleição para perpetuar o nefasto governo dos ricos, seu aliado o narcotráfico e, seus paramilitares.

Juan Leonel e Luís Pedro

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