Irão: Histéria occidental

Washington adora viver contrariando tudo e todos, a lei internacional inclusivé, inventando teorias de conspiração e mentiras e depois colocando em prática o que só pode ser descrito como uma política estrangeira assassina, apoiando golpes de estado que colocam regimes fascistas no poder e mais recentemente, removendo Saddam Hussein, que alegadamente tinha Armas de Destruição Massiva que colocavam uma ameaça imediata a Washington e aos seus aliados. Em bom inglês, Bullshit!

A política do Iraque iniciou no dia 11 de Setembro de 2001, um evento com qual Saddam Hussein não tinha qualquer envolvimento e que terminou com a chacina de cem mil civis e Washington apoderando-se dos campos de petróleo do Iraque, sem dúvida agendado antes do 9/11.

Agora o Irão, citado como um dos membros do eixo do mal pelo intelectualmente desafiado Presidente dos EUA, cuja visão do mundo a preto e branco é bem conhecida, é o alvo de Washington e começa a operar a máquina das mentiras pintando um quadro negativo do Irão como o novo estado paria na comunidade internacional.

Contudo, sendo diferente de Washington, Irão nunca invadiu nunhuma nação soberana baseado em mentiras e sendo diferente do presidente Bush, Presidente Mahmud Ahmadi-Nejad não cometeu um acto de assassínio em grande escala nem seus tropas perpetraram actos de tortura e depravação sexual numa escala não vista fora de Hollywood.

Irão tem um programa nuclear para fins pacíficos – a produção de energia para escolas, para hospitais, para casas, aqueles edifícios que a aviação dos Estados Unidos gosta de demolir, por acidente, é claro, e Moscovo é garantia da natureza pacífica do projecto iraniano. Os resíduos nucleares de Bushehr, onde Rússia é parceiro do Irão, têm de ser transportados para a Rússia, de acordo com o contrato bilateral. Pode afirmar-se que essa posição dura contra o Irão constitui um insulto para a Federação Russa.

Sirius Nasseri, membro da equipa de negociações do Irão com a troika da EU, comentou a afirmação da IAEA, que a situação era preocupante:

"O assunto é simples: Irão começou uma operação num edifício salvaguardado para produzir alimento para combustível nuclear sob a plena vigilância e monitorização do IAEA”.

Precisamente. O que fez o Irão está de acordo com o direito internacional. Não há nenhuma questão preocupante porque simplesmente não existe transgressão nenhuma. Tal como o Iraque nunca tinha ADM, Irão não está a produzir armas atómicas.

Washington pode afirmar que a política externa do regime do Bush tem estado de acordo com a lei internacional? Mais ainda, os aniversários de Hiroshima e Nagasaki dizem tudo sobre o registo nuclear dos Estados Unidos da América.

Será que vai haver outro 9/11 para justificar a Guerra contra o Irão? Será que um avião cheio de passageiros dos EUA será abatido misteriosamente nos céus sobre Teerão, tal como um avião iraniano cheio de passageiros foi abatido por mísseis dos EUA nos anos 80 no Golfo?

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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