GEÓRGIA E OSSÉTIAS DO SUL À BEIRA DE GUERRA

Face a isto Moscovo faz tudo para aclarar a sua posição sobre esta questão, visto que qualquer incidente sério na Ossétia do Sul pode vir a provocar uma onda de violência não controlada. Segundo declarou o chefe do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, "a Direcção russa está seriamente preocupada pela tensão que ganha força na Ossétia do Sul, onde já não ha vários dias registam-se disparos, tendo qualquer incidente sério na Ossétia do Sul podido vir a provocar uma onda de violência não controlada".

A Rússia não está interessada de modo algum num desenrolar de acontecimentos semelhante no país vizinho, que é a Geórgia, tanto mais a maioria dos habitantes da Ossétia do Sul são os cidadãos russos.

Actualmente a diplomacia russa faz os possíveis para fazer voltar o processo à área jurídica, pondo em funcionamento para o efeito o mecanismo da Comissão de Controlo Mista (CCM), sob cujo comando estão o contingente misto das forças de paz (CMFP).

No âmbito do CMFP cada das partes tem direito de manter um batalhão de 500 efectivos, no entanto segundo declara o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, " os factos dizem que a parte georgiana, violando grosseiramente os seus compromissos assumidos no quadro do respectivo acordo, introduziu ilegitimamente na zona do conflito centenas e mesmo milhares de militares, os quais não possuem os respectivos documentos e não são previsto pelo acordo sobre o estatuto de forças de paz".

Serguei Lavrov lembrou que as clausulas do acordo de 6 de Dezembro de 1994 atribuem os poderes bem sérios ao comandante das forças de paz, incluindo as medidas de coacção, mas até à data este poderes não foram aplicados pelo comandantes, pois de acordo com o ministro "todos os nosso esforços estão orientados para a regularização pacífica da actual crise".

Seja como for , mas aparte georgiana vem demostrando nos últimos tempos o seu desejo de influenciar na situação por força, o que ameaça transformar o conflito político no conflito armado.

As ameaças de Mikhail, Saakachivili dirigidas a Moscovo de que o conflito pode vir a ser transformado num conflito interestatal, por que "algumas forças" em Moscovo estão interessadas na passagem do mesmo na sua fase armada revestem-se de preocupação pela parte de Moscovo , mas não de medo de modo algum. As semelhantes declarações estão destinadas antes de tudo para o consumo interno, ou seja, para consolidar a nação face a um eventual inimigo do Norte. Sendo assim, surge outra pergunta:

Se vale a pena de estragar as relações com Moscovo? É óbvio, que a hostilidade do género não tem nada a ver com o objectivo da Saakachvili de reintegrar a Geórgia. Cabe lembrar que as forças de paz russas encontram-se em termos legítimos na zona do conflito, enquanto outra parte - a direcção da Ossétia do Sul - vê na Rússia a garantia de estabilidade na região.

O enviado especial do MNE da Rússia, Lev Mironov, que chegou à Ossétia do Sul, declarou que o caminho para não permitir a escalada do conflito passa pelo cumprimento dos por três entendimentos celebradas. Trata-se, antes de tudo, da retirada de todas as formações armadas que não possuem o estatuto do CMFP da zona do conflito e volta das parte à mesa de conversações no âmbito da CCM.

Arseni Palievski comentarista da RIA "Novosti"

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