Irã e União Européia reunem para descutir programa nuclear

Os assessores do chefe da diplomacia da União Européia, Javier Solana, e o principal negociador iraniano, Ali Larijani, estarão reunidos, hoje, para discutir os avanços do programa nuclear de Teerã. O porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores do Irã, Mohamad Ali Hoseini, reiterou que Teerã continua a se opôr à suspensão do enriquecimento de urânio "como condição prévia e não aceita que a suspensão seja um dos resultados das conversações". Hoseini afirmou que as atividades nucleares iranianas continuam a funcionar normalmente.

Para o porta-voz, a última reunião entre Solana e Larijani, realizada em maio deste ano, em Madrid, foi "positiva". O Irã já sofreu imposição de dois pacotes de sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por se recusar a suspender o programa nuclear.

Na cúpula do G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo mais a Rússia), realizada entre os dias 6 e 8 de junho em Heiligendamm, na Alemanha, os países do CS da ONU voltaram a ameaçar Teerã com novas e mais fortes sanções. A comunidade internacional, encabeçada pelos Estados Unidos, temem que o Irã use seu programa para construir armas nucleares. O Irã nega e afirma que o enriquecimento de urânio no país tem fins pacíficos e visa a obtenção de energia.

A reunião entre a UE e o negociador iraniano se dá no dia seguinte em que o jornal britânico The Observer, de divulgou que uma empresa do Reino Unido foi fechada por tentar vender material nuclear ao Irã. Segundo o jornal, agentes da unidade antiterrorista britânica e do serviço de espionagem MI-6 estão investigando um suposto esquema baseado no Reino Unido para o fornecimento de material nuclear ao Irã.

O jornal não o revelou o nome da empresa fechada por razões legais. O The Observer também afirma que uma pessoa foi acusada por dar apoio à proliferação de "armas de destruição em massa". Segundo o jornal, durante uma investigação de 20 meses, agentes federais descobriram que vários britânicos compraram armas de origem nuclear no mercado negro russo e a intenção era exportá-las para o Irã e o Sudão. Seguidores da rede terrorista Al Qaeda estariam tentando desenvolver armas nucleares. Vários britânicos aparentemente ligados a terroristas islâmicos no exterior estão sendo vigiados.

Fonte O Jornal do Povo

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