Chavez luta contra privatização da indústria de petróleo

Depois dos incidentes no fim de semana em Caracas, agora o conflito se concentra na empresa Petroleos de Venezuela, AS, uma companhia controlado a 100% pelo Estado e por uma lei orgânica que reserva para o estado a indústria dos hidro-carbonetos e a sua comercialização.

Após a nacionalização em 1975, a lei reserva para o Estado todas as actividades ligadas à exploração de petróleo, incluindo todo o processo de fabrico, refinaria e comercialização interna e externamente, quer de crude, quer de produtos refinados.

O Presidente Hugo Chavez declarou que a oposição está a exigir a sua demissão como o primeiro passo na privatização de PDVSA. No programa de rádio, “Alo Presidente”, Chavez disse que este plano tem “ligações ao exterior” e pediu à população que “defendessem o coração da economia de Venezuela e que impedissem a paragem da indústria de petróleo”.

Após a declaração sobre uma possível conspiração com ligações estrangeiras, a atenção dos analistas virou para Washington. PDVSA é um dos principais fornecedores de petróleo aos EUA e vende ao Mercado norte americano mais petróleo do que o total dos produtores no Médio Oriente. Há que lembrar também que o Departamento de Estado dos EUA estava ciente das preparações para o Golpe de Estado em Abril, e o governo dos Estados Unidos de América foi o único a reconhecer o novo “governo”

A generalização da greve an indústria de petróleo, incluindo os motins em navios cisternas, documentado em artigos an Pravda.Ru durante o fim de semana, é objecto de grande preocupação por parte das autoridades. Presidente Chavez, que tinha afirmado que não iria entrar em negociações com a oposição até ao final da greve, teve de voltar atrás e aceitar as negociações, porque temia que a indústria poderia cessar a sua actividade, o que seria desastroso para a já abalada economia. A refinaria Amuay-Cardon, o maior centro de produção de petróleo não só an Venezuela mas também no mundo, parou a sua actividade parcialmente a semana passada por “falta de combustível” e a planta em El Palito, o terceiro maior no país, está parada. Chavez declarou estas acções como “sabotagem” e enviou o exército a tomar as refinarias por força e punir os infractores.

No Domingo, houve duas manifestações em Caracas, uma contra Chavez e a outro a favor. A oposição marchou em luto em respeito pelos mortos de sexta-feira, enquanto os manifestantes pro-Chavez celebraram os quatro anos de Chavez na presidência. O futuro de Venezuela depende an questão de Chavez conseguir ou não controlar a indústria de petróleo. Se conseguir, estará numa posição de força para entrar em negociações. Senão, a oposição poderia estar numa posição de forças eleições antecipadas. Hernan ETCHALECO PRAVDA.Ru ARGENTINA

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