Destacam na Bolívia dignidade e internacionalismo do povo cubano

Destacam na Bolívia dignidade e internacionalismo do povo cubano

La Paz, 9 ago (Prensa Latina) O mundo reconhece hoje a resistência e dignidade do povo cubano diante das constantes agressões dos Estados Unidos, bem como sua solidariedade e internacionalismo com povos irmãos, declarou à Prensa Latina o teólogo argentino-boliviano, Alejandro Daussá.

Em entrevista com esta agência de notícias, o também filósofo recordou sua experiência ao viver em Cuba, entre os anos 1991 e 2008, onde conheceu de perto a realidade do país e chegou a admirar a esse povo, assegurou.

Daussá viveu na nação caribenha durante o Período Especial (anos 90), como lhe chamou a essa etapa de dura sobrevivência e resistência, depois da desintegração da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e o desaparecimento do campo socialista em Europa do Leste.

'Resgato desse período a resistência do povo por sua formação política. A Revolução de 1959 implicou a formação política do povo, o entender as relações internacionais, a importância da dignidade nacional, da soberania, do patriotismo. Acho que isso os ajudou a sair adiante em meio a tantas dificuldades', expressou.

Também se referiu à hospitalidade do cubano, 'é um povo sociável, estendem a mão ao vizinho, aos que têm alguma necessidade, e isso o expressam em termos maiores com o internacionalismo', acrescentou.

Segundo dados oficiais de Cuba, nos últimos 55 anos mais de 400 mil trabalhadores da saúde desse país cumpriram milhares de missões internacionalistas em 164 nações.

Na Bolívia, por exemplo, desde 2006 a Brigada Médica Cubana realizou mais de 70 milhões de atenções médicas e salvaram umas 100 mil vidas.

Mediante o programa Operação Milagre, neste país, um total de 721.651 pacientes bolivianos, argentinos, peruanos, paraguaios, brasileiros, mexicanos, equatorianos e alemães recuperaram a visão.

A Missão Milagre foi um projeto criado e impulsionado em 2014 pelos comandantes Fidel Castro Ruz e Hugo Chávez Frias, da Revolução cubana e da bolivariana da Venezuela, respectivamente, e estendeu-se ao longo destes anos por diferentes países da América Latina para devolver a visão a pacientes de escassos recursos.

O intelectual argentino-boliviano também ressaltou os mais de cinco mil jovens de escassos recursos desta nação sul-americana que se formaram na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM) em Cuba e hoje cumprem aqui um labor humanitário com o compromisso de salvar vidas.

Em várias ocasiões, o presidente Evo Morales expressou respeito e admiração pelo povo e o governo cubanos pelo apoio e solidariedade com os bolivianos em diferentes setores, entre eles a saúde.

Segundo o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, os profissionais de saúde formados em Cuba são depositários da filosofia do internacionalismo solidário, bem como de construir comunidade e sociedade socialistas a partir de dar o que se tem e não o que sobra.

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