Campanha Internacional Venezuela

A Batalha de Santa Inés é anti-imperialista, internacionalista e anti capitalista As organizações de base sindicais, populares, estudantis, camponeses e comunitárias contam com centenas de milhares de seus filiados participando das Patrulhas Eleitorais (PE) e nas Unidades da Batalha Eleitoral (UBE) dos Comandos Maisanta. E, particularmente a partir da UNT (Unidade Nacional dos Trabalhadores, nova Central Sindical) realizamos esforços para que a imensa maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras, organizados ou não sindicalmente, incorporem-se nesta "batalha de Santa Inés", com o propósito de que seja contundente o triunfo do NÃO no próximo 15 de agosto, quando aconteça o referendo, o qual, sem dúvida, será de reafirmação do presidente Chávez. Na consulta do referendum está em jogo nossa vida e nosso futuro; assim afirmamos nas nossas reuniões e encontros com os trabalhadores e setores populares. Cada vez que vemos o comportamento que tiveram os setores fascistas no Domingo 27 de junho, ao atacar indiscriminadamente aqueles que realizavam atividades favoráveis à batalha de Santa Inês; ou quando escutamos e lemos as declarações intolerantes dos dirigentes da Coordenadora que agrupa os setores da oposição de direita, nos convencemos mais disso. É a razão que nos fez dar prioridade a esta batalha e por isso nos vinculamos com entusiasmo às atividades programadas, apoiamos e tratamos de articular às diferentes organizações eleitorais surgidas a partir das bases, coordenamos com os Comandos Maisanta nos âmbitos nacional, regional e local, e apoiamos com todas nossa energia a campanha impulsionada pela UNT, denominada de "Trabalhadores na batalha". Para impedir a fraude e ter a garantia do triunfo do NÃO, consideramos necessário socializar a discussão com os diversos setores populares e suas organizações em nosso país, e muito especialmente com os trabalhadores e os povos da América Latina e do mundo. Particularmente quando se aproxima o dia 05 de Julho, Dia da Assinatura da Ata da Independência da Venezuela. Assim como nesse mesmo dia de 1811, o povo venezuelano, precursor da luta em todo o continente, acaudilhado por Simón Bolívar, iniciou a guerra contra o colonialismo espanhol, hoje a Batalha de Santa Inés, pode ser o começo de nossa SEGUNDA INDEPENDÊNCIA. Por isso seu profundo conteúdo anti-imperialista, internacionalista e anti-capitalista. Esta nova fase do confronto aos golpistas e seus métodos fascistas, não é só nossa luta, mas a de todos os povos oprimidos e explorados de América Latina e do mundo.

Por esta razão, conclamamos todas as organizações populares e dos trabalhadores do mundo a nos acompanhar nesta luta, e a desenvolver junto ao povo venezuelano uma Campanha Internacional em Solidariedade com a Venezuela. O inimigo principal a ser derrotado é George Bush; por isso esta batalha é anti-imperialista Em nosso país, todo o povo concorda em assinalar que o inimigo principal deste processo revolucionário e deste referendo, é o açougueiro George W. Bush, que ocupa a Casa Branca na sua espúria condição de President dos Estados Unidos. Ele representa a ideologia e a estratégia dos golpistas e da oposição. Seus organismos, seus representantes abertos ou disfarçados, financiam e desenvolvem suas políticas e táticas. Todos eles conformam o bloco imperialista, e são eles os que devemos derrotar em primeiro lugar. No entanto, tendo todos os bolivarianos clareza sobre isto, devemos ser conseqüentes e enfrentar todos os integrantes do bloco imperialista. As peças ou engrenagens fundamentais do bloco no processo do referendo são o Centro Carter, a OEA, a CIA, e neste último período, "Human Rights Watch". Estes supostos observadores tem sido e querem continuar sendo, os instrumentos da intervenção imperialista para ajudar o triunfo da oposição pseudo democrática e pró imperialista. Os representantes da OEA e o Centro Carter trabalham para permitir a fraude e pressionam para arrancar concessões do governo que favoreçam seus cúmplices da Coordenadora de oposição. Frente à possibilidade de que percam o referendo, eles estão para avalizar qualquer denúncia ou acusação de fraude que façam os golpistas contra o governo. Caso admitam sua derrota, eles serão os instrumentos que usarão a oposição para que sejam perdoados seus delitos e continuem imperando a impunidade. Já vieram para apoiar o grande chefe da máfia "gusana" , o Sr. Gustavo Cisneros. Estão prestes para incidir, depois do 15 de agosto, em favor dos inimigos da revolução e de seu aprofundamento. Estes perigos nos impõem denunciar e não permitir a intervenção destes e de outros aparatos do imperialismo no processo político que vive nosso país. Temos de ser implacáveis contra eles visto que, ainda que disfarçados de "imparciais", serão implacáveis contra os hoje identificados como chavistas, por mais tolerantes que se pretenda aparecer.

A batalha de 15 de agosto é uma batalha de todos os povos oprimidos, por isso é internacionalista. Como contrapartida ao papel do Centro Carter e da OEA, temos de promover e facilitar a presença de dezenas de organizações de trabalhadores, de sindicatos e organizações populares e democráticas de diversas partes do mundo, assim como de intelectuais e acadêmicos que têm se oferecido e têm interesses em serem testemunhas do protagonismo e da simpatia, da maioria dos trabalhadores e dos setores populares da Venezuela, com o processo revolucionário. Desta forma, poderemos demonstrar a validade da palavra de ordem que estamos levantado para a Batalha de Santa Inés: "A luta é pela humanidade e por nosso futuro".

Na medida que fechemos o caminho aos instrumentos imperialistas, porque com eles pretendem nos derrotar, temos de abrir as portas aos organismos classistas, revolucionários e personalidades democráticas dos diversos países do mundo, que nos garantam e possibilitem que, frente a qualquer situação de fraude ou violência gerada pelos golpistas, os trabalhadores e o movimento popular mundial estará informado do que acontece em nosso país, e estarão de nosso lado para continuar aprofundando este processos, que continua sendo um exemplo que dia após dia conquista o apoio dos povos da Terra. Conclamamos para que venham os dirigentes da CUT do Brasil, da Colômbia, do Chile, a COB da Bolívia; as mães da Praça de Maio e os dirigentes da esquerda e os piqueteiros da Argentina; que nos acompanhem os dirigentes do PT, do PSOL, do PSTU, do MST do Brasil; do MAS da Bolívia e a CONAIE do Equador. Que venham os dirigentes dos sindicatos européias e os ativistas do movimento anti globalização e da Via Campesina, e que nos apoiem com sua presença os autênticos dirigentes operários, democratas e revolucionários dos Estados Unidos que rejeitam a ação colonizadora do bipartidarismo Democrata - Republicano que hoje encabeça George Bush e que depois continuará Kerry, tal como já o anunciou, caso ganhe as eleições. A todos eles queremos encontrar no Poliedro de Caracas no dia 31 de julho no ato convocado pela UNT; que fiquem até depois do dia 15 para que se unam nesta grande batalha e para que em cada um dos seus países preparam ações contra a intervenção imperialista, a OEA, o Centro Carter e o Human Right Watch. Esta batalha é internacionalista, porque nosso triunfo no dia 15 de agosto, será um triunfo dos povos iraquianos e afegãos invadidos pelo imperialismo norte-americano, apoiado pela ONU. Será um triunfo do povo palestino, que valentemente enfrenta o assassino Ariel Sharon, apoiado pelo imperialismo ianque. Será um aliciente para que o povo cubano mantenha mais firme que nunca sua luta contra o bloqueio imposto pela Casa Branca. Incentivará o povo boliviano a recuperar o controle sobre o gás e a conquistar sua saída para o mar, e solidificar as correntes indígenas e populares para que assumam as rédeas do seu país. Animará o povo peruano para acabar com o corrupto Toledo. Contribuirá para que os povos de Uruguai e Colômbia, nas próximas eleições, derrotem os partidos patronais. Transmitirá energia aos povos mapuche e chileno contra a rapina neoliberal, ou ajudará à batalha do povo argentino contra os planos de entrega ao FMI que desenvolve o governo, condenando à fome a milhões de trabalhadores. Enfrentamos às multinacionais, empresários, latifundiários e seus partidos, por isso é anti capitalista. E também a batalha de 15 de agosto tem um caráter profundamente anti capitalista. Nos enfrentamos neste referendo com os grupos Polar e Cisneros, cujos grupos figuram entre os bilionários da lista Forbes, às grandes multinacionais; aos "sangue suga" do setor financeiro que estão mudando seus centros de computação para o exterior como parte de seus planos para desestabilizar; aos empresários que festejaram quando Pedro "o Breve" instalou-se por 42 horas no palácio presidencial Miraflores, ou que fecharam suas empresas durante 63 dias para derrocar o presidente Chávez no final do ano de 2002 durante o lock-out petroleiro. Temos de enfrentar todos os empresários agrupados na Fedecâmaras e as Associações de latifundiários que são donos de 90% das terras potencialmente agrícolas e pecuárias do país. Pese a que muitos destes empresários o ocultam, a todos eles os unifica o mesmo motivo: explorar os trabalhadores e ao povo, voltar à IV República da Corrupção, entregar nossos recursos e patrimônio às multinacionais, aplicar as receitas do FMI e nos matar com a fome e com a repressão. Como inimigos temos todos os partidos que acabaram com o país durante 40 anos de democracia burguesa; a mídia, a velhos esquerdistas que passaram-se para o campo fascista, que defendem os interesses dos empresários, das multinacionais e do imperialismo. Por estas razões, no dia 15 de agosto também haverá uma batalha anti capitalista. Não é uma invenção nossa, é a realidade da Venezuela que vivemos hoje. As empresas de segurança privada, querem colocar para trabalhar com horário completo todos seus funcionários. As pequenas indústrias e as franqueadas falam em "realizar inventário" em 15 de agosto, para impossibilitar que os trabalhadores possam exercer livremente o direito ao voto. Existem empresários que estão pressionando aos trabalhadores, ameaçando que, caso não votarem pelo SIM, serão demitidos. E outros empresários, estão preparando novas ações violentas, financiando paramilitares e todo tipo de manobras fraudulentas, para que os ricos e os grandes empresários voltem ao poder. Por isso a alternativa é clara: ou vence Bush, as multinacionais e os empresários, ou ratificamos Chávez e ganham os trabalhadores, os camponeses e os humildes da Venezuela para aprofundar o processo revolucionário. Por isso temos de trabalhar duro durante estes 40 dias que faltam. Montar todas as estruturas organizativas necessárias para impedir a fraude, preparar-nos para o grande ato internacionalista do dia 31 de julho convocado pela central UNT e nos dispor, da forma como o fizemos no dia 13 de abril de ou como em dezembro - janeiro de 2003, arriscando a vida se for preciso, para defender o que conquistamos com nossa mobilização até hoje, o que constitui uma base fundamental para conseguir uma sociedade nova, sem exploradores nem explorados, com justiça social, na qual prevaleça a democracia das maiorias excluídas, e governem os trabalhadores e o povo por meio de suas genuínas organizações. Orlando Chirino (Union Nacional de Trabajadores - UNT) Marcela Máspero (UNT) Stalin Pérez Borges (UNT) Richard Gallardo (UNT) Rubén Linares (UNT) Ismael Hernández (UNT-Carabobo) José Barreto (UNT-Carabobo) Ricardo Acevedo (UNT-Aragua) José Boda (Fedepetrol-Mov. Clasista La Jornada) Manuel Pérez (Movimiento Clasista La Jornada) Armando Guerra (Sindicato Hidrocapital) Miguel Angel Hernández (Opción de Izquierda Revolucionaria - OIR) Emilio Bastidas (OIR) Gonzalo Gómez (Sitio web Aporrea.org) Se sua organização ( não venezuelana) deseje apoiar este comunicado, favor enviar uma mensagem para miguelaha2003yahoo.com Dep. Babá

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