A Semana Revista

PUTIN APOIA DIREITOS HUMANOS Presidente assina decreto que garante medidas para apoiar Movimento de Direitos

O Gabinete da Imprensa do Kremlin emitiu hoje um comunicado que divulga que Presidente Vladimir Putin assinou hoje o Decreto sobre “Medidas extras para o Apoio do Governo para o Movimento dos Direitos na Federação Russa”.

O Gabinete da Imprensa do Kremlin emitiu hoje um comunicado que divulga que Presidente Vladimir Putin assinou hoje o Decreto sobre “Medidas extras para o Apoio do Governo para o Movimento dos Direitos na Federação Russa”.

Este decreto é uma extensão do Decreto Número 864 de 1996.06.13. Os seus termos incluem o seguinte:

“1. Aprovação duma proposta da Comissão sobre os Direitos Humanos sob o presidente da Federação Russa, para estabelecer um Centro de Protecção dos Direitos Internacionais.

“2. O Pessoal da Presidência da Federação Russa irá apoiar a Comissão sobre os Direitos Humanos sob o Presidente da Federação Russa por estabelecer este Centro.

“3. Enviados plenipotenciários do Presidente da Federação Russa aos distritos federais irão atrair representantes das organizações de direitos activos nestes distritos para trabalharem nos organismos consultivos e indicar representantes nestes organismos.

“4. Recomendação aos organismos executivos das entidades constituintes da Federação Russa para prestar apoio material e técnico às Comissões sobre direitos e considerar as propostas feitas por estas Comissões…“

O Decreto faz parte do objectivo explicado por Presidente Putin no seu discurso à nação na Assembleia Federal da Federação Russa. A cláusula se trata da consolidação social que é necessária neste momento e garante os direitos humanos, liberdades cívicas e políticas.

PORTUGAL: LEGALIZAÇÃO TOTAL

Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal fala duma política de imigração mais humana

O Ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, António Monteiro, falou ontem em Roma numa política de “legalização total” relativamente à imigração em Portugal.

Falando na reunião em Roma entre os quatro países latinos da União Europeia (Portugal, Espanha, Itália e França), António Monteiro defendeu um cariz mais humano na política de imigração, lembrando que há muitos portugueses que também vivem como emigrantes noutros países.

O grande objectivo do ministro é acabar com as redes de imigração ilegal em Portugal, que muitas vezes exploram o imigrante, ou tirando-lhe grandes quantidades de dinheiro entre o país de origem e o país de destino, ou esforçando mulheres a praticarem a prostituição para pagar as suas “dívidas” ou então extorquindo quantias mensais dos trabalhadores sob ameaças de violência ou denúncia sobre sua situação clandestina.

Se as palavras de António Monteiro sobre uma “legalização total” são um precursor dum processo de legalização para os muitos imigrantes ilegais de países de expressão russa em Portugal (entre muitos outros oriundos do Brasil e dos países africanos) isso seria muito bem-vindo entre todas as pessoas que se encontrem a trabalhar em Portugal mas sem quaisquer direitos, devido à situação em que vivem, sem a devida documentação.

Como se pode justificar, por exemplo, o facto que uma pessoa não pôde ir ao funeral do pai, na Ucrânia, porque o processo de legalização não estava terminado? Como se pode justificar o facto que um rapaz de 17 anos, moldavo, não pode acabar seus estudos em Portugal porque a mão está clandestina?

Nosso jornal irá apresentar todas as notícias e novidades sobre este assunto logo que haja informações provenientes das autoridades portuguesas.

Qualquer imigrante que tenha dúvidas sobre sua situação ou que tenha problemas a resolver pode contactar SOS Imigrante nos números 808 257 257 (rede fixa) ou 213 124 458 (rede móvel), Solidariedade Imigrante 218 870 713 (Rua da Madalena, Nº 8 – 2º Lisboa). Ericeira: Rua do Arvoredo, 32 Tel.: 261 863 060 (rede fixa) 919 824 332 (rede móvel). Beja: Tel.: 965 113 923.

O jornal russo on-line PRAVDA.Ru também presta um serviço gratuito de apoio aos imigrantes em Portugal, dirigindo-os aos serviços competentes para resolver sua situação. Contacto [email protected]

Partido Socialista: SOCRÁTICOS, SOCRATADOS E SOCRATÓIDES

As três alas do Partido Socialista vêm à flor da pele no segundo dia do Congresso

Os Socráticos (apoiantes do novo líder do Partido Socialista, José Sócrates, por entender que ele era a melhor hipótese deste partido conquistar o poder), os Socratados (os 20% do partido que não o apoiavam mas que têm de se calar) e os Socratóides (os que assumem que o PS é o único rosto possível da Esquerda Moderna), andaram às turras no segundo dia do Congresso do PS em Guimarães.

O renovado PS dos Socratóides se assume como o único candidato da esquerda política em Portugal dias depois do candidato mais a direita do partido (Sócrates) ter ganho o contesto para ser secretário-geral e líder do maior partido de oposição à coligação PSD (Sociais Democratas) e PP (Conservadores) no governo. Era evidente que tal posição dava bronca.

O resultado é uma divisão entre a ala esquerda do partido (defendido pelos Socratados de Manuel Alegre), a ala direita (defendido pelos Socratóides), e os anónimos Socráticos (que votaram em Sócrates porque entenderam que o ex-autarca de Lisboa João Soares e o deputado-poeta Manuel Alegre tinham menos carisma/experiência do que o ex-Ministro do Ambiente).

A assunção do PS como defensor da Esquerda Moderna é mais do que um apelo para o voto no PS. Os pesos-pesados do partido, como por exemplo os ex-ministros Jaime Gama e Jorge Coelho (Socratóides) deram agora em atacar as duas formações políticas que mais trabalham quer na Assembleia da República em Portugal, quer no Parlamento Europeu, nomeadamente o Partido Comunista Português (CDU, coligação entre o PCP e o Partido Ecológico, os Verdes, PEV) e o Bloco de Esquerda, assumidamente e sem complexos os dois partidos que defendem os trabalhadores/operários/proletariado e os menos protegidos em Portugal e os dois partidos que não andam obcecados com o poder mas sim, na defesa dos seus ideais.

A tese dos Socratóides é que os dois partidos da esquerda representam uma minoria da população (juntos angariam agora uns 10% das intenções do voto) e por isso não contam.

Esta posição dos Socratóides pode ser considerado de três formas diferentes, reflectindo as três vertentes do Partido Socialista: arrogância e falta de competência política (posição dos Socratados); uma tentativa de conquistar a maioria absoluta nas próximas eleições (coisa que o PS nunca conseguiu sozinho, posição defendido pelos Socráticos) e o lançar do repto ao Primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, tentando bi-polarizar o cenário político em Portugal entre o Partido Social Democrata e o Partido Socialista (estratégia dos Socratóides).

Porém, em vez de estarem a atacar as únicas formações que lutam por valores da esquerda em Portugal (CDU e Bloco de Esquerda), o PS faria melhor em defender seu próprio espaço político que pelas suas declarações Socratóides, assumiu: a Nova Direita, nunca a Esquerda Moderna.

Quando uma formação política se auto-analisa, elege um líder com tendências assumidas da direita e ataca a esquerda política, dizendo que tem competência para representar toda a esquerda, há qualquer coisa que tem de estar mal.

E o mal na esquerda portuguesa se resume em duas palavras: Socráticos e Socratóides. Os Socratados que mudem de partido.

Blair: Homem suficiente para pedir desculpas

E Bush, o assassino?

Por todos os seus pontos fracos, mentiras, meias-mentiras, petas, quebra da Carta da ONU e a participação numa guerra ilegal (um acto de chacina) em que dezenas de milhares de cidadãos inocentes foram chacinados, Tony Blair pelo menos tem o carácter e a espinha para se levantar perante a Conferência do seu partido (Labour, Trabalhistas) e pedir desculpas. Se pedir desculpa é a marca dum Homem, a pressão cai sobre Bush agora para seguir o exemplo.

“Posso pedir desculpa pela informação que nós utilizámos e que subsequentemente, descobrimos que era errada”, disse Tony Blair no seu discurso na Conferência do Partido Trabalhista em Brighton, na terça-feira (relativamente à afirmação que as Armas de Destruição Maciça colocavam uma ameaça imediata aos EUA e aos seus aliados).

Contudo, quaisquer elogios que pertençam ao Senhor Blair podem parar aqui porque ele continua a ser manipulativo e a perpetuar a mentira que o Iraque tinha algo a ver com o 9/11.

No dia seguinte, ele disse no programa do BBC Rádio 4 “Today”, que qualquer Primeiro-ministro “razoável” teria tomado a mesma decisão (de atacar o Iraque) porque depois do 11 de Setembro, era necessário ser “activo” e não “reactivo”.

Para que o Blair não esqueça, e as milhões de pessoas que engoliram os seus argumentos (e os do Bush), o 11 de Setembro não tem nada a ver com o Iraque e nunca teve. O 11 de Setembro tinha a ver com Usama bin Laden, odiado por Saddam Hussein, a única pessoa que mantinha este terrorista e seu Al Qaeda a léguas do Bagdade.

Quem trouxe o terrorismo internacional para o Iraque foi o Bush, que desestabilizou o país por completo, viu os terroristas internacionais a jorrarem pelas fronteiras dentro e depois decidiu reclamar que a guerra no Iraque tem a ver com o combate ao terrorismo internacional.

Quem é mais terrorista? O iraquiano que se sente na sua casa a ver televisão ou o piloto norte-americano que deita bombas de fragmentação sobre suas crianças?

Dizendo que o mundo está melhor porque Saddam já não está a torturar os seus cidadãos é um argumento tão fraco que só poderia ter sido utilizado por este regime de avançados mentais em Washington. Pois, foram as tropas de Bush a substituírem os de Saddam a torturarem e a assassinarem os cidadãos iraquianos. Que belo trabalho.

Utilizando este argumento, que invadir um país fora da autoridade da ONU é justificado porque o mundo está melhor sem X, Y ou Z, é negar que a ONU tem jurisdição, negar que a lei internacional existe e dar todo o apoio à multidão que lincha qualquer suspeito porque está no sítio errado na altura errada.

Bush e Blair quebraram a Carta da ONU. Bush e Blair quebraram a Convenção de Genebra.

A lei internacional existe exactamente para prevenir e impedir este tipo de acção. Hitler invadiu o Sudetenland. Hitler invadiu a Áustria. Hitler invadiu a Polónia. Bush e Blair invadiram o Iraque. O fim justifica os meios, à Maquiaveli? Ou será que supostamente, pelo menos, progredimos desde então?

Que grande avanço deram estes dois líderes à noção que existe um tecido comum de legalidade internacional. Deram foi um tiro nas costas da legalidade. Bush talvez nem sabia o que fazia, mas Blair, um advogado, sabia, e sabia muito bem.

Por isso estes dois assassinos, estes dois criminosos de guerra, têm de responder por aquilo que fizeram. Não vale o Blair agora dizer que está doente e que tem um problema de coração. Pois claro, nem deve conseguir dormir. “Ai desculpem, matei dezenas de milhares de pessoas mas agora têm de me deixar em paz, pois tenho arritmia”.

“Fizeste a sua cama, agora deita-te nela”, vai o ditado antigo. Washington tinha decidido invadir o Iraque muito antes da invenção das mentiras de ADM.

A verdade nua e crua é que as equipas de inspecção UNMOVIC já estavam no país e não encontraram nada. Por uma razão simples: não existia. A verdade crua e nua é que Bush e Powell e Rumsfeld e Cheney mentiram persistentemente entre seus dentes, tentando inventar um cenário falso e na sua incompetência e burrice, morderam um pedaço grande demais para mastigarem. Lembram-se dos pretzels?

A campanha no Iraque está em chamas. Chamas a arder, acesas, abanadas e alimentadas por Bush e seu regime incompetente. Blair é homem suficiente para admitir que errou. E Bush?

Ou vai continuar arrogante, afirmando que tinha razão, ou então a tremer debaixo dos seus lençóis a esperar que o demónio que ele criou se vai embora? Ou que a comunidade internacional vai pagar as suas favas?

Por quê deveria?

Fizeste, agora aguenta!

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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