Todos nós podemos cometer um erro, porque errar é humano e desde os tempos bíblicos, contamos histórias sobre o retorno do filho pródigo. Agora mesmo, assistimos a outro destes momentos especiais, pontos de viragem da página da história, sendo agora a vez dos cidadãos dos Estados Unidos da América examinarem com responsabilidade as consequências do acto de votar: o casamento de Washington à comunidade das nações ou o divórcio desta?
George Bush passou quatro anos que poderiam ser descritos como os piores nos anais de história da Presidência dos Estados Unidos da América. Não só não conseguiu melhorar a vida da maioria dos seus cidadãos dentro dos EUA, como também conseguiu forjar uma cunha entre Washington e o resto da comunidade das nações por desrespeitar as normas da lei internacional, por mentir a tentar justificar uma guerra assassina e ilegal que nada tinha a ver com as razões que ele deu quando mentiu entre os dentes ao seu povo e aos cidadãos do mundo inteiro.
Agora nem surpreende que a sua campanha fica resumida, nas palavras do próprio presidente, ao argumento: Quer que concordem comigo ou não, pelo menos sabem o que eu represento. Sabemos, sim. E já agora, se as pessoas não concordam com aquilo que ele representa, seria uma bela razão por não votar nele.
Votar por Bush é votar contra a vontade colectiva do resto da humanidade. O resto do mundo não quer George Bush como Presidente dos EUA porque ele não se retém nas suas fronteiras, mas intromete-se onde não é chamado. Basicamente, George Bush deu ao resto do mundo o direito a dar uma palavra numa eleição que é suposta ser um assunto estritamente nacional.
Votar por Bush é votar pela continuação de insegurança. O regime de Bush protegeu os seus cidadãos antes do 9/11? Os Estados Unidos estão mais seguros hoje comparados com quatro anos atrás, ou paira sempre a hipótese de outro acto de terrorismo? O Médio Oriente está mais seguro?
Não, o Médio Oriente foi totalmente desestabilizado pela irresponsabilidade de George Bush.
O Iraque tinha qualquer coisa a ver com o terrorismo internacional? Antes da intromissão de Bush, não. Depois, sim.
George Bush cria o terrorismo pela sua maneira de ser. George Bush é sinónimo com insegurança, com irresponsabilidade, com a protecção dos mais ricos.
Votar por Bush é votar por mais guerra, mais matança, mais mortes de civis inocentes e de soldados dos EUA e seus poucos aliados, é votar por uma continuação da divisão na comunidade internacional.
O que o mundo precisa hoje é um recomeço, uma mudança de direcção mas com responsabilidade. Votar por Bush é votar pela continuação do status quo em existência actualmente. Votar por Kerry pelo menos dá à comunidade das nações a hipótese de conversarem juntos, caminhando juntos, dialogando, com responsabilidade e inteligência, duas coisas de que o regime de Bush e seu clique de elitistas estão rotundamente incapazes.
Votar por Bush é votar por irresponsabilidade, assassínio e negligência criminosa.
A esta hora amanhã, eu gostaria de poder escrever as palavras: Bem vindos, amigos!
Votar por Bush seria uma propositada repetição do erro, que constituiria ou uma provocação ou um acto de estupidez colectiva.
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
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