Organizações estrangeiras saúdam liberações unilaterais das FARC

Comissão Ética 23
Os embaixo assinantes, integrantes da Comissão Ética Internacional pela Verdade na Colômbia e, outras pessoas de diversas partes do mundo, de organizações de Direitos Humanos, intelectuais, agrupações de solidariedade e movimentos pelo direito à memória, à verdade e à justiça, estamos seguindo com muita atenção as ações em torno à humanização da guerra na Colômbia, promovidas por Colombianas e Colombianos pela Paz, expressão cidadã nacional e internacional, liderada pela Senadora Piedad Córdoba.

Em anteriores comunicações éticas tínhamos manifestado nossa solidariedade e preocupação com a família Moncayo respeito à liberação de seu filho, o Cabo Segundo do Exército PAULO EMILIO MONCAYO CABRERA. Hoje nos unimos à grande alegria que vive essa família, assim como a família do soldado profissional JOSUÉ DANIEL CALVO, logo de sua liberação por parte da guerrilha das FARC-EP.

Festejamos o feliz término de uma decisão unilateral da guerrilha das FARC-EP que mostra sua vontade de caminhar rumo a um Acordo Humanitário e uma saída negociada ao conflito social e armado no país. Esse feito é um reflexo da possibilidade da humanização do conflito armado interno de Colômbia.

Consideramos como um gesto positivo a proposta apresentada pelas FARC-EP, demandando que tal oferecimento se possa fazer viável sem nenhum tipo de condições por nenhuma das partes.

Estamos convencidos que esses feitos humanitários de paz não se houvessem realizado sem a perseverança e tenacidade da Senadora Piedad Córdoba, junto à de Colombianas e Colombianos pela Paz, que têm permanecido ao lado dos familiares dos detidos e seqüestrados. Por isso, nosso respaldo a que continuem com essa labor rumo à Paz.

Somos conhecedores que Colombianas e Colombianos pela Paz têm visitado as cadeias reconhecendo nelas a situação tão desumana em que vivem os detentos nessas prisões, por isso compreendemos e apoiamos o chamado legítimo às partes em conflito para que seja realizado quanto antes um Acordo Humanitário.

Cremos que dar um novo passo à humanização da guerra interna, através de um Acordo Humanitário, será um aprendizado para chegar à saída definitiva a um conflito social e armado que existe na Colômbia desde há tantos anos.

Com essa perspectiva ética e histórica, de novo fazemos um chamado a toda a insurgência, para seguir desenvolvendo acordos, regras claras e passos relativos à humanização do conflito, razão pela qual persistiremos para que se tornem viáveis mais gestos das FARC-EP e para que o ELN se some a essa dinâmica, como conhecemos é já sua disposição, em palavras de seu Comando Central, estando em contato com Colombianas e Colombianos pela Paz, ao qual estaremos atentos, para avançar com ações concretas de diálogo e acolhida dos princípios do Direito Internacional Humanitário e a abertura de uma nova esperança de Paz com justiça.

Atenciosamente
Alfonso Pérez Esquivel, Premio Nóbel de Paz, SERPAJ, Argentina
Francois Houtard, teólogo, sociólogo, director del Centro Tricontinental (CETRI), y miembro fundador del Foro Social Mundial, Bélgica
Mirta Baravalle; Madres de la Plaza de Mayo, Línea Fundadora, Argentina
Dr. Gilberto López y Rivas, Instituto Nacional de Antropología e Historia, Méjico
Sean Hawkey. Consejo Mundial de Iglesias; Gran Bretaña
Stephen Haymes, Universidad DePAul, EEUU
Mary Bricker-Jenkins, PhD, Miembro del Comité Internacional de Poor People's Economic Human Rights Campaign, EEUU
Carlos Fazio, periodista, investigador y catedrático de la UNAM; Méjico
Antoni Pigrau, profesor de derechos Internacional, Espai Catalunya-Comissió Ètica, España
Tica Font, Directora del Instituto Catalán Internacional para la Paz; Espai Catalunya-Comissió Ètica, España
Elizabeth Deligio, Observatorio de la Escuela de las Américas; EEUU
Libertad Sánchez, Asociación por la Recuperación de la Memoria Histórica de Mérida y Comarca; España
Miguel Álvarez, presidente de Serapaz, México
Lorenzo Loncón, Werken; werken comunidad mapuche newen mapa, Pueblo Mapuche
Eduard Nachmann, maestro, hijo de desaparecido; integrante de H.I.J.O.S. ciudad de Buenos Aires, Argentina
Enrique Santiago, director del Instituto de Estudios Políticos de América Latina y África, España
Enrique Nuñez, Agrupación Ex – presos y expresas políticos, Chile
France – Amerique Latin; Francia


Rainer Huhle, Centro de DDHH de Nuremberg, Alemania

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