Cuba: mais próxima do mundo em 2018, apesar hostilidade de EUA

Cuba: mais próxima do mundo em 2018, apesar hostilidade de EUA

Por Cosset Lazo Pérez

Havana (PL) No meio de uma escalada norte-americana para isolar Cuba, a ilha esteve em 2018 no olhar do mundo, exemplo disso foi a chegada aqui de altos funcionários de à volta de 30 países.

Por tal motivo, o ano que está por acabar pode se consolidar como um dos mais produtivos para a nação antilhana quanto a fomentar relações bilaterais cultivadas ao longo de seis décadas de Revolução. Nem o recrudescimento do bloqueio imposto à nação antilhana durante os dois primeiros anos de gestão do presidente norte-americano Donald Trump, nem seus agressivos discursos na Florida, escureceram os elos de Cuba com outros povos do mundo.

Assim o demonstram as múltiplas expressões de amizade para a ilha de autoridades da Europa, Ásia, África e da América Latina em foros internacionais e durante visitas de alguns de seus máximos representantes à cidade de Havana.

Uma das mais notáveis foi realizada pelo secretário geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, para participar do trigésimo sétimo período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.

É um grande prazer para mim voltar a Cuba. Estive há 20 anos numa Cimeira Ibero-americana e tenho uma lembrança muito agradável da hospitalidade do povo deste país, expressou Guterres.

Durante o foro celebrado em maio, a Mor das Antilhas assumiu a presidência pró témpore da Cepal, foro no qual o secretário geral da ONU chamou a refazer o conceito de desenvolvimento para disminuirem a pobreza, as desigualdades e a exclusão.

Os elos históricos, culturais e comerciais entre Cuba e Espanha ficaram reforçados após a estadia do presidente do governo da nação européia Pedro Sánchez na ilha caribenha.

Em sua visita de novembro, a primeira de caráter oficial que realiza um chefe do Executivo espanhol desde a protagonizada em 1986 por Felipe González, Sánchez participou de um foro de negócios e percorreu o centro histórico da Havana Velha, em ambos os casos acompanhado pelo presidente anfitrião, Miguel Díaz-Canel.

Sánchez e Díaz-Canel foram ao recém aberto hotel Iberostar Grand Packard para a instalação do encontro de negócios, o qual permitiu a aprovação de respaldo financeiro para dois novos projetos.

Conforme afirma o visitante, o compromisso de Madrid é simples: 'situar as relações econômicas à altura dos nossos vínculos históricos e afetivos'.

Não nos limitaremos a sermos testemunhas da decolagem da economia de Cuba, seguiremos impulsionando os investimentos, contribuindo ao desenvolvimento e prosperidade do país, sublinhou.

A estadia de Sánchez dinamiza às relações entre Cuba e Espanha, que na área diplomática datam de 1902 de maneira ininterrupta.

Da Europa também chegaram à Havana a chefa da diplomacia da União Européia, Federica Mogherini; o chanceler da França, Jean-Yves O Drian, e o vice-primeiro ministro da Eslováquia, Robert Kaliñák.

SOLIDARIEDADE ENTRE OS POVOS DO SUL 

Cuba ratificou em 2018 seus vínculos com os países do sul, potencializados com visitas de chefes de Estado como os de Etiópia, Mulatu Teshome; Quénia, Uhuru Keniatta, e Palestina, Mahmoud Abbas; além da primeira ministra da Namíbia, Saara Kuugongelwa-Amadhila.

Também o então secretário geral do Partido Comunista do Vietnã (PCV) e atual mandatário desse país, Nguyen Phu Trong, cumpriu na nação antilhana uma intensa agenda que incluiu tributos ao Herói Nacional José Martí, e ao líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro.

Entre suas atividades, visitou à escola primária que leva o nome da heroína vietnamita Vo Thi Thang, onde entregou um donativo e destacou os laços de irmandade entre Havana e Hanoi.

'O Vietnã e Cuba, geograficamente se situam a milhares de milhas de distância, entretanto, desde há muitos anos graças aos líderes Fidel Castro e Ho Chi Minh nos unem relações especiais', frisou.

Nguyen Phu Trong dialogou com altas autoridades da ilha caribenha e recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas da Universidade de Havana, em cuja Sala de Aula Magna ofereceu uma conferência magistral.

Durante sua visita, Havana e Hanoi assinaram vários acordos de cooperação, entre eles os relacionados com o fortalecimento dos vínculos entre o Partido Comunista de Cuba e o PCV, a comutação da dívida da ilha com a nação asiática e um Tratado de Assistência Mútua Legal.

Além disso, assinaram memorandos de entendimento de cooperação científica e técnica, lembrou-se a cooperação sobre a produção de arroz e se comunicou a aprovação por parte do governo cubano da primeira concessão administrativa na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel.

Por sua vez, os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro, foram os primeiros em cumprimentar de maneira direta a Díaz-Canel, após sua investidura como chefe de Estado em abril.

Morales destacou que Díaz-Canel é um mandatário democráticamente eleito e advertiu que não necessita reconhecimento algum de poderes estrangeiros.

Do mesmo jeito, reiterou o agradecimento a Cuba por sua solidariedade em matéria de justiça social, com programas de educação e saúde, dentre eles a Operação Milagre, que há permitido a visão a mais de 700 mil bolivianos.

Da América Latina chegaram também à ilha, dentre outros, os presidentes de Panamá, Juan Carlos Varela, e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, ambos em novembro, enquanto em janeiro cumpriu uma ampla agenda na Mor das Antilhas a então chefa de Estado chilena, Michelle Bachelet.

Líderes do Caribe como o premiê de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, e o mandatário haitiano, Jovenel Moise, também viajaram a Cuba para reforçar vínculos.

Com a visita de altos funcionários de quase 30 países, Cuba fomentou seus elos bilaterais e ratificou sua vocação solidária com os povos do mundo, face aos tentativas de Washington para desacreditar à Revolução.

MMDEm/wmr/clp/gdc

 

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