Brasil como sede da Copa de 2014

Foi comemorada por diversas personalidades do futebol verde-amarelo a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014. Craques e técnicos do presente e do passado destacam a paixão do torcedor brasileiro como um dos trunfos para o sucesso da competição, e afirmam: a Fifa acertou ao dar esse presente para o único país pentacampeão mundial, segundo a Agência O Globo.

Capitão da seleção na conquista do tricampeonato, em 1970, o ex-lateral Carlos Alberto Torres vê na identificação do brasileiro com a Copa do Mundo uma razão a mais para comemorar a decisão da Fifa.

" Há tantos países com menos possibilidades ou tradição que o Brasil que fazem uma Copa. Nós, com a tradição que temos no futebol e a paixão do povo, merecemos realizar um Mundial", afirmou o Capitão do Tri, sem demonstrar preocupação com as metas que o país precisa cumprir até 2014.

"Alguns países não tinham condições quando foram escolhidos. A própria Alemanha se preparou para realizar a Copa (de 2006). Na época que a Fifa a escolheu ela não tinha condições, nem os estádios que depois foram feitos. Eles se prepararam para realizar a Copa. Quando a Fifa decidiu que a Copa de 2010 seria na África do Sul, eles também não tinham condições e estão se preparando".

Jorginho diz que Pan é exemplo. Para Lazaroni, não
Campeão mundial em 1994 e atual auxiliar-técnico da seleção, o ex-lateral Jorginho também confia no tempo que o país tem para se preparar até a Copa de 2014.

"Há pouco tempo eu dei uma entrevista para uma revista alemã, a Kicker, e eles questionaram a capacidade do Brasil de organizar a Copa, falaram em falta de segurança, favelas, essas coisas. Mas acho que temos totais condições. Nós acabamos de ter o Pan no Rio e não houve nenhum problema. Vai ser uma alegria muito grande ter esse privilégio de ver uma Copa aqui no Brasil, 74 anos depois do Mundial de 50. Essa Copa vai deixar um legado muito grande para o país, muito além do futebol. Vai melhorar os transportes, telecomunicações e muitos outros aspectos".

Técnico do Brasil na Copa da Itália, em 1990, Sebastião Lazaroni ressalta que agora é hora de trabalhar sério para evitar que o Brasil passe o vexame de ver cassado o direito de sediar a Copa, o que pode acontecer até junho de 2012 se a Fifa entender que o país não está se preparando corretamente.

"A Copa vai ser importantíssima para o Brasil, mas tem que haver um comprometimento político sério para que sejam cumpridas todas as etapas exigidas pela Fifa, não só em termos de estádio mas também em relação à infra-estrutura do país. Até nisso a Copa vai ser importante para o Brasil, pelo legado que vai deixar".

Ao contrário de Jorginho, Lazaroni não vê o Pan do Rio como exemplo da capacidade de organização brasileira.
"O Pan não deve servir de exemplo. No Rio, as coisas foram acontecendo muito em cima da hora. Num Mundial, isso não pode acontecer, sob o risco do Brasil perder o direito de sediar a Copa. Isso tem que ficar como alerta", afirmou o treinador do Marítimo, de Portugal.

O volante Emerson, do Milan, vê na realização de uma Copa no Brasil a oportunidade para o país dar um salto de qualidade:"Um Mundial vai mobilizar o país inteiro e vai permitir reformas em vários setores. Os estádios vão melhorar muito. Além disso, a competição vai gerar mais empregos e mais cultura para o povo, já que muitas pessoas terão que aprender outras línguas, por exemplo, para participar do evento. A imagem do país também ficará mais fortalecida", acredita o jogador, que foi titular da seleção na Copa da Alemanha.

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