Para pensar e, repensar... V

Para pensar e, repensar...  V

                                             "l'entrée" política e, um Parênteses (...)

 

Naturalmente, que no regresso de férias gozadas pelos políticos, principalmente os responsáveis pelas chamadas "forças políticas" a entrada de um novo ciclo político a que se dá o nome afrancesado de "l'entrée", é geralmente feita com um grande e espectacular show onde sobressaem os seus lideres e os seus mais próximos e acérrimos "acessórios". É vê-los em palcos enormes, rodeados de bandeiras e bandeirolas, cartazes e slogans de Victória antecipada numas eleições que ainda são uma incógnita nos seus resultados. Elas (a primazia às senhoras) e eles são autênticos artistas, cantam em coro, dão saltos e pulos acrobáticos, contagiando a assistência que "levados, levados, sim pela voz do seu líder, tremendo som de um clamor sem fim" os levarão longe.

Assistimos pela TV às "l'entrées" dos mais famosos. António Costa na Madeira, prometendo em slogan um "Portugal Melhor" diz na Madeira (aonde decorrerão eleições ainda este mês (dia 22) para a sua Assembleia Legislativa. E quiçá a título provocatório, que um futuro Governo do PS vai continuar a "ser amigo da Madeira" como é das outras regiões do país, prometendo resolver alguns dos dossiês pendentes entre a região e a República. Para ele, um Governo do PS continuará a ser amigo da Madeira, como dos Açores, Algarve, Alentejo" e outras zonas do país, porque "todos os portugueses são iguais". Será? Quando é que o Algarve, o Alentejo ou qualquer outra Região de Portugal podem ser consideradas como os Açores e a Madeira, entidades possuidoras constitucionalmente de um Estatuto Autonómico embora, continuem a sentir cada vez mais a presença imposta de um  Estado centralista e de gene colonialista que, através dos seus partidos políticos únicos e, ditos de democráticos, não aceitam  a condição de POVO aos açorianos e madeirenses. Não será de pensar e repensar?

Rui Rio afirma ser a única alternativa a António Costa e vai adiantando que até admite uma coligação "à direita", mas liderada pelo PSD. Sendo muito frugal no restante do seu slogan quase igual ao do socialista "Primeiro Portugal" sem dúvida a sua prioridade. "Pensemos e Repensemos" na afronta que esse senhor fez aos Açores aquando das eleições para o Parlamento Europeu.

Do CDS-PP, Assunção Cristas, afirma não aceitar "ameaças" nem "chantagens", referindo o apelo de António Costa para "um PS forte" para evitar que o país caia num "impasse à espanhola". Nota-se na líder do CDS ainda um apalpar de terreno em relação a uma "geringonça" PSD/CDS

Dos outros três que até aqui também fizeram parte do "Circus Portucale" CDU, BES e PAN, para além da Catarina Martins que tudo parece está descontente com o PS, mas mais e particularmente com António Costa, estamos pendentes de alguma surpresa que possa trazer na corrida de fundo que se projecta. De Jerónimo de Sousa líder da CDU por procuração, como de costume e entre punho erguido e sorriso matreiro, lá vai como não quer a coisa chegando-se para o lado rosa que também usa como símbolo, o punho fechado. Só com a diferença de ser o direito. Quanto ao PAN confessamos não temos dado muita atenção ao promotor de um serviço nacional para cães e gatos, quando tanta falta faz um erviço de saúde que anda pela hora da morte. Fique registado que sempre gostamos de animais e os mesmos têm direito a serem bem tratados. Temos três "felinos" que muito estimamos e, até já choramos por outros que nos deixaram, sentindo-lhes a falta.

A atenção merecida à novela nacional "Eleições Legislativas 2019 "que nos parece ter tido uma já grande e inconclusiva "pré-apresentação", fará com que "Pensemos e Repensemos" na mesma.

Quanto ao "um parêntese obrigatório"

É notícia, que no âmbito da política de proximidade das Forças Armadas junto dos cidadãos, vão realizar-se desde o dia de hoje, na Ilha do Corvo, um conjunto de actividades com o objectivo de prover uma imagem de umas Forças Armadas credíveis, mais próximas dos cidadãos e mais abertas à sociedade. Não há dúvida que as forças armadas de hoje e, em relação aos Açores estão a fazer aquilo que faziam nas colónias de África e Oceania chamado Ultramar. Ou seja, a Acção psíco-social dita de presença.

Foi o Corvo, a ilha escolhida para cenário de uma situação de ameaça difusa e não convencional segundo a COA. Durante o exercício serão projectados para a Ilha do Corvo cerca de 200 militares dos três Ramos das Forças Armadas. Adianta o mesmo Comando que a presente actividade tem o objectivo de transmitir aos jovens do 4º ano do Ensino Básico daquela ilha, os valores da instituição militar e da cidadania. dando-lhes a conhecer, de forma dinâmica e apelativa, as actividades mais representativas das Forças Armadas Portuguesas, a iniciativa abrangerá todos os alunos do Ensino Básico (18 alunos) e será extensível aos 32 alunos do 4º ano do Ensino Básico da Ilha das Flores.

Da cerimónia militar, anunciada e que terá o Embaixador Pedro Catarino a presidi-la, fará parte uma força militar constituída por elementos da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Sabemos perfeitamente como se procede uma cerimónia destas com vozes de comando toque de corneta, içar de bandeira toque do hino, desfile das tropas em parada. Presente estará a Bandeira Portuguesa e, o Hino a tocar será o português. A Bandeira da Região Autónoma dos Açores que as autoridades militares recusam hastear nos quarteis e edifícios adstritos às Forças Armadas e, o seu Hino, mais uma vez serão escamoteados como aquando do dia 10 de Junho de 2018.

Entretanto anunciam os promotores do evento que o CEMGFA deslocado à Ilha do Corvo, durante a cerimónia, condecorará o Embaixador Pedro Catarino, o Representante da República para os Açores com a Medalha da Cruz de São Jorge de 1ª Classe.

Refira-se que a medalha em referência, é uma medalha militar portuguesa que se destina a galardoar os militares e civis, nacionais ou estrangeiros, que, no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

No caso do senhor Embaixador perece-nos que o mesmo não cumprirá a condição única referida negrito. E que se refere ao diploma relativo à regulação da concessão o da Cruz de São Jorge de 1ª Classe. Não sendo do conhecimento publico os serviços prestados  pelo Embaixador Catarino enquanto Representante da Republica, para receber tal distinção,  atrevemo-nos a perguntar se não se tratará de uma "prenda" ao seu  empenho enquanto Embaixador em Washington, permitindo  às Forças Armadas beneficiar de equipamento militar e fundos, à custa do acordo entre Portugal e os EUA, para uso dos Açores com o centro nas Lajes. Ainda ficamos na dúvida se tal distinção foi encomendada por "terceiros" pela sua acção de "olheiro" das Instituições Autonómicas Açorianas. Será que não valerá a pena "Pensar e Repensar" nesta e noutras situações análogas.

                                                                          

                                                                       "O que define o nosso destino não são nossas   

                                                                       condições e sim as nossas decisões."

José Ventura

 

Ribeira Seca, RGR

2019-09-04

 

O autor rejeita por opção o acordo ortográfico

 

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