O filme da hora é "Maranhão 66", de Glauber Rocha

"A pedido do então governador eleito e seu amigo José Sarney (então com 35 anos), Glauber Rocha produziu um documentário sobre a cerimônia da posse do político em ascensão da UDN/ARENA em 1966, dois anos depois do golpe militar de 1964.

"A pedido do então governador eleito e seu amigo José Sarney (então com 35 anos), Glauber Rocha produziu um documentário sobre a cerimônia da posse do político em ascensão da UDN/ARENA em 1966, dois anos depois do golpe militar de 1964. A posse de Sarney, em 1966, marcava o início do domínio político de sua família no Maranhão, interrompido somente em 1º de janeiro de 2007, com a posse de Jackson Lago no Palácio dos Leões.

Durante o discurso de posse de Sarney e a celebração da multidão com o novo governo, o documentário expõe a miséria da população maranhense. Enquanto Sarney, em um exercício retórico, se comprometia solenemente a acabar com as mazelas do estado, o filme mostrava as mazelas: casas miseráveis, hospitais infectos, vítimas da fome ou da tuberculose (de http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o_66).

O filme - feito há 48 anos - pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=t0JJPFruhAA

Mas nenhum apressadinho tosco e burro conclua, disso, que "nada mudou". Muita coisa mudou! O Brasil já não tem Glauber Rocha, nem Glauber deixou 'escola' ou 'herdeiros' - porque depois de acabar com o próprio Glauber, o golpe de 64 acabou com a universidade brasileira, com a imprensa brasileira e com o cinema brasileiro: tudo se Globolizou e virou neoliberal conservador (quando não virou fascista mesmo).

E Sarney virou o nome da 'redemocratização dos anos 80' -- e os petistas acreditaram!
Ah! Sarney NUNCA FOI governador biônico (nomeado pela ditadura, como Paulo Maluf, dentre outros): SEMPRE FOI ELEITO. Viva a democracia Globolizada!

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