Pânico em Díli

A capital de Timor-Leste, Díli, desde ontem vive horas de pânico, levando centenas de pessoas a abandonarem a cidade, sem que ninguém consiga explicar porquê. Até porque não há registo de incidentes nem em Díli, nem no resto do país. Parece que o sentimento de pânico da população agravou com a transmissão, na TV, de um documentário sobre a ocupação indonésia, comunica Correio da Manhã. Xanana Gusmão e Mari Alkatiri apelaram ao regresso e para confirmar que a situação estava controlada, mandou regressar os militares aos quartéis.

Os militares revoltosos também estão refugiados nas montanhas, tal como os jovens que os apoiaram. O tenente Salsinha assegura que contam com o apoio da população. “Estamos a consolidar a organização. Vamos continuar a nossa luta porque não há outra solução”, declarou. Estes militares queixam-se de discriminação étnica no seio das Forças Armadas e na semana passada manifestaram-se durante cinco dias, o último dos quais descambou em violência.

A debandada dos habitantes da capital intensificou-se ao longo do dia. À revelia destas declarações, e dos apelos que a polícia ia repetindo nas ruas de Díli, as pessoas aglomeraram-se em torno de supermercados e dos postos de combustível, atestaram viaturas ou motocicletas e deixaram a cidade.

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